- Sul-africana Airlink é uma das empresas aéreas que oferecem o voo de Joanesburgo para Cape Town
- Voo da Airlink foi realizado em uma aeronave brasileira, o Embraer 190
- Foi a primeira vez que tive uma ocorrência com minha bagagem na África do Sul
No roteiro da minha viagem de março de 2024, o voo de Joanesburgo para Cape Town foi feito com a Airlink. Ele marcou a minha estreia com a aérea sul-africana fundada em 1992. Até então, só havia voado por lá com a South African Airways (SAA) e a finada Mango.
Tudo correu bem nessa viagem com a Airlink: check-in, embarque e a experiência a bordo. A única nota negativa ficou por conta da minha mala, cujo cadeado fora estourado. Tudo leva a crer que isso ocorreu dentro de algum dos aeroportos. Felizmente, nada foi roubado. Imagino que os funcionários tenham se frustrado ao apenas encontrar roupas amassadas e algumas cuecas sujas…
Índice:
- O motivo da escolha
- Não confunda com a SAA
- Embarcando em Joanesburgo
- Classe executiva
- O voo para Cape Town
- Chegada em Cape Town
Airlink: O motivo da escolha
A passagem do voo de Joanesburgo para Cape Town foi uma das últimas tarefas que realizei na fase de planejamento da viagem. Comprei o bilhete a menos de três semanas da ida para a África do Sul, logo depois de resolver a questão do meu safári.
Pesquisei voos em três aéreas: FlySafair, SAA e Airlink. A primeira tem uma pegada low-cost e o preço inicial é, de fato, mais baixo. No entanto, essa empresa é daquelas que vão cobrando taxas até para quem quer receber um “boa noite” da comissária de bordo. Desisti. O valor ia aumentando na proporção do meu aborrecimento com o processo todo.
A decisão ficou entre SAA e Airlink e houve empate técnico. Optei pela última em virtude do horário de partida. A saída às 20:35 era perfeita para me proteger de algum imprevisto na estrada entre Hoedspruit e Joanesburgo. Felizmente, essa volta do safári foi sem incidentes e a van nos deixou no aeroporto OR Tambo por volta de 18h.
Não confunda
É importante ressaltar que a Airlink não tem nada a ver com a South African. A antiga identidade visual da primeira era parecidíssima com a da última, e isso causava uma certa confusão. Por exemplo, a pintura da cauda das aeronaves das duas empresas era praticamente idêntica.
Agora, com um novo layout e o destaque para o colibri, ficou mais fácil diferenciar os aviões da Airlink e os da SAA.
A imagem acima é de 2018 e mostra a antiga identidade visual da Airlink.
Embarcando de Joanesburgo para Cape Town
Foi o embarque doméstico mais tranquilo nesses anos todos passando pelo aeroporto de Joanesburgo. O OR Tambo estava bem vazio e quase não havia mais voos programados para aquela noite de segunda.
O balcão de check-in da Airlink estava vazio, assim como a checagem por raio-x (um verdadeiro milagre). A Camila e eu tivemos tempo para comer com calma e até para procurar um lugar para recarregar nossos celulares. Aliás, taí um ponto fraco desse aeroporto de Joanesburgo: a falta de tomadas. A que encontrei estava numa parede aleatória, próxima a uma fileira de assentos. Como ela tinha o padrão sul-africano, precisei usar o meu adaptador.
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Algo que chamou a minha atenção foi a rapidez do procedimento de embarque da Airlink. Foi feito o chamado no sistema de som e os passageiros formaram uma pequena fila que E-VA-PO-ROU graças à checagem dos bilhetes feita na velocidade da luz.
Alguns minutos antes, cheguei a temer pelo cancelamento do voo. Formou-se uma tempestade com raios e, de quebra, parecia haver uma instabilidade nas instalações elétricas do aeroporto. Avisos sonoros comunicaram um problema no sistema: “nossos técnicos de TI estão resolvendo, estamos tratando com urgência”.
Classe executiva da Airlink
O nível de conforto no Embraer 190 é muito bom. Aliás, as primeiras fileiras fazem parte da classe executiva. Separada por um vidro roxo, ela tem configuração de assentos 1-2 (uma poltrona na esquerda, duas na direita). Pelo que consegui observar, há até um cabide para pendurar paletó atrás do encosto.
Um dos outros privilégios da chamada Business Class é a comissária passar oferecendo bebidas antes da decolagem. Na sequência, ela passa com outra bandeja. Dessa vez, trazendo lenços umedecidos que são cuidadosamente coletados com uma pinça.
Já a refeição durante o voo é servida em pratos de louça e pequenas tigelas. As opções de jantar foram apresentadas em bandejinhas brancas, e o passageiro escolhe uma das duas.
Voo de Joanesburgo para Cape Town com a Airlink
Para nós, os mortais da classe econômica, a experiência é bem confortável, mesmo sem todos os mimos da executiva. Nesse setor, os assentos são dispostos na configuração 2-2, padrão no Embraer 190. Achei o espaço para pernas generoso. O passageiro ainda tem à sua disposição a revista “Skyways” e um saquinho de papel, que não foi necessário durante a tempestade.
O serviço de bordo é iniciado com um primeiro carrinho carregado de bebidas variadas, incluindo vinho branco Chenin Blanc, refrigerantes, sucos e água. Já o segundo traz o jantar, além de chá, suco e café. As opções de refeição naquela noite foram frango com salada de batata e carne com massa. Já os doces eram uma balinha e um pequeno malva pudding, sobremesa típica da África do Sul.
Pedi o beef with pasta, no qual a carne era, na verdade, um presunto. Como tinha azeitona, acabei trocando com a Camila, que escolhera o frango. Achei interessante as refeições serem servidas em caixas de papel lacradas e que estampavam uma foto de um colibri, o símbolo da empresa.
Já os talheres de plástico foram entregues em um envelope azul, que também continha sal, pimenta e um guardanapo grande.
Chegada no aeroporto de Cape Town
O voo durou exatamente 2h, decolando às 20:55 e chegando às 22:55 na Cidade do Cabo. Essa foi a primeira vez que cheguei em Cape Town em um voo noturno. Mesmo sem conseguir ver muito do lugar durante a descida, me emocionei – algo que aconteceu em todos os três reencontros anteriores com a Mother City.
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A única dor de cabeça da noite foi notar que a minha mala estava sem o cadeado. Dias depois, eu o encontrei lá dentro. Foi quando tive a certeza que ela fora aberta em algum dos aeroportos.
Fica a lição: passarei a envolver minhas bagagens com plástico também nos voos domésticos na África do Sul. No aeroporto de Cape Town, esse serviço custava 100 rand em março de 2024. O quiosque da A-Teck só aceita pagamento em dinheiro.
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