Wild Coast da África do Sul: Coffee Bay

  • Após as idas e vindas depois de Durban, acabei chegando em Coffee Bay. Só que a estadia na cidade durou bem menos do que eu planejava.
  • O post sobre Coffee Bay não vai ser muito longo. Finalmente, dei uma chance à cidade que todo mundo dizia amar. No entanto, não tive muita sorte. Foram menos de 24h ali.

Como é a estrada para Coffee Bay

Para chegar em Coffee Bay, é preciso ir até um posto de gasolina em Mthatha, onde a van do hostel busca você. É o mesmo esquema de Port St. Johns, outra cidade na Wild Coast e também localizada a uns 100 km do ponto de encontro.

A estrada para Coffee Bay é ainda pior que a de PSJ. Muito mais buracos e animais na pista. Dei sorte por não estar dirigindo ali.

O hostel de Coffee Bay e o búfalo

Chegamos ao Coffee Shack por volta das 17h e fizemos um tour pelas instalações do hostel. É praticamente um resort na beira da praia, contrastando com a paisagem de pobreza da vizinhança. Não tem nem asfalto nas ruas.

Conhecemos a parte principal – onde fica a recepção – e a do outro lado do rio, na qual fica o resto das acomodações. São dormitórios em construções redondas. Já os banheiros são coletivos e ficam numa casinha separada.

Regra do búfalo - Coffee Shack - Coffee Bay, África do Sul

Atravessamos o rio novamente, de volta à recepção. Dessa vez, ganhamos uma cerveja grátis no bar, e fomos informados de que só se pode beber segurando a garrafa com a mão esquerda – a Regra do Búfalo. Caso contrário, você tem que virar. Uma amiga já havia me falado disso, mas, ali achei um negócio meio… bobo.

Ah, e quando falo “atravessar o rio” é no sentido literal. Não há ponte. É preciso andar de margem a margem, não importa se é maré cheia – o que não cheguei a pegar.

Hospedagem Coffee Bay, África do Sul

Chegadas e partidas

Não foi exatamente por causa do rio, mas nunca me senti realmente confortável em Coffee Bay. Todas as opções de atividade envolviam trilhas e eu estava completamente sem energia após tanta estrada, além da trilha e corrida em PSJ na véspera.

Logo, quando fui reservar meu lugar no Baz Bus naquela quarta-feira, não hesitei em partir na manhã seguinte. Devido aos horários de circulação dele, eu só tinha duas opções: sair na quinta-feira ou esperar até sábado.

Depois das questões burocráticas, veio o jantar, um prato típico bem servido. Não posso reclamar de fome.

Felizmente, não estava sozinho naquele hostel. Encontrei as duas alemãs de PSJ, que também não estavam curtindo muito. Tudo fica mais suportável quando se tem companhia, e a espera para sair da cidade não foi tão chata.

O momento mais legal

Na manhã da partida, finalmente consegui me sentir bem. Após o café, conversei longamente com um coroa canadense, que estava de ressaca. Além disso, tinha acabado de tropeçar na travessia do rio. Acabou sendo o papo mais marcante de toda a viagem.

Falamos muito de África do Sul (“o 44º país que conheci”), skydive (“faça isso! É um negócio extremo, diferente de tudo, realmente vale a pena”), entre outras coisas da vida.

“Eu trabalhava em um banco, ocupando um alto cargo. Recebi uma promoção, mas recusei. Pedi demissão. Não era a vida que eu queria. E fui morar no Vietnã por dois anos”, contou.

Hospedagem em Coffee Bay: Coffee Shack (site)

Não houve muita química. Não curti o suficiente para ficar mais dois dias. Se conhecesse gente legal rapidamente, a história seria diferente.

Transporte/Como chegar em Coffee Bay
Se for para Coffee Bay, esta é a van que você precisa achar no posto de Mthatha. Ela para em frente ao Steers.

Pontos positivos 🙂

Staff: Uma das moças da recepção deu um show. Muito ágil, agendou todo meu esquema do Baz Bus e ainda conseguiu um lugar no concorrido Island Vibe de Jeffreys Bay.

– Agora, vamos ver Jeffreys Bay. Já tem hospedagem lá?
– Sim, no Ubuntu.
– Por que não fica no Island Vibe?
– Até tentei, mas não tinha vaga.
– Nada disso, você vai pro Island Vibe!
– Não tem problema cancelar assim, em cima da hora?
– Que nada! Você vai pro Island Vibe.

E fui pro Island Vibe.

Golfinhos: Depois do check-in, deitei no quarto e olhei para o mar ao mesmo tempo. E aí, vi golfinhos surfando. Nem todo dia é totalmente trágico numa viagem. Sempre tem algo bom.

Banheiros: Ficam fora do quarto, mas são espaçosos, com vários chuveiros. Água quente? Tem!

Jantar e café: Pagos, mas muito bons. Lembre-se de botar seu nome na lista do jantar.

Comida - Coffee Bay, África do Sul
O prato principal do jantar típico: carne, arroz e legumes.

Atividades: Trilhas para por do sol e para o Hole in the Wall, cartão postal da região. Há várias opções, mas é preciso ter disposição.

Wi-fi: Gratuito. Funciona melhor no lado do rio em que ficam bar e recepção. Senha: happydayz.

Surf: Uma amiga da Nova Zelância me disse que aluguel de pranchas e aulas de surf são bem mais baratos que em Jeffreys Bay.

Pontos negativos :/

Staff: A outra moça da recepção quase estragou toda minha reserva do Baz Bus antes de eu sair. Fique atento com suas solicitações.

Overbooking nos quartos: Botaram mais pessoas do que camas no meu quarto. De madrugada, entrou um cara e tinha alguém dormindo no seu lugar. Não teve barraco, mas ele acabou passando a noite com uma garota, sentado em um banco à frente da casinha.

Localização I: É a questão dos hostels “de praia” e isolados do centro (não sei se Coffee Bay chega a ter um Centro): se você chega sem algo pra comer e não tem nada na mochila, fica dependendo das refeições oferecidas pelo albergue. Foi assim com o café e o jantar. No fim da viagem, você soma tudo que gastou com isso e sente a facada.

Localização II: A comunidade local tem acesso livre, fica circulando pelo hostel. É a chance de ganharem gorjetas/doações. Até aí, tudo bem. O outro lado da moeda é que, quem anda nas áreas fora dos portões, costuma ser abordado gente oferecendo dr*ga.


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