Onde se hospedar em Joanesburgo: Curiocity, Maboneng

O hostel Curiocity, em Joanesburgo, costuma ser a opção escolhida por se hospeda no bairro de Maboneng.

Fiquei no Curiocity durante minha segunda viagem a Joanesburgo

(post atualizado em 20/7/2019)

Na viagem do verão 2015/2016, meus planos incluíam conhecer Soweto e andar por Braamfontein. Pelo menos no mapa, Maboneng parecia uma escolha interessante para aquele roteiro. E o Curiocity reunia boas avaliações nos sites especializados.

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Localização do Curiocity Joburg

O Curiocity de Joanesburgo fica numa área revitalizada do bairro de Maboneng. Com seus food trucks e arquitetura Instagram-friendly, a primeira impressão que tive foi de uma ilha hipster no meio de uma região que não era exatamente a mais bonita de Joanesburgo.

A vida nova daquele pedaço gira em torno daqueles quarteirões com ruas limpas, restaurantes, street art e segurança. Ao menos em dezembro de 2015, a área ao redor de Maboneng era vista como a região que o Simba não deveria frequentar em “Rei Leão”. Na recepção, recomendaram não andar pela rua de trás. Acho que se referiam à Comissioner St.

Curiocity: Instalações

O Curiocity fica no prédio onde antigamente funcionava um jornal. Segundo o site, ele chegou a ser frequentado por Nelson Mandela.

O hostel é dividido em duas áreas: o bar, aberto ao público; e a parte exclusiva dos hóspedes, com quartos, banheiros, cozinha e piscina.

O quarto no qual fiquei é amplo, sem luxo. Os banheiros ficam no corredor. Não tive problema com as coisas que guardei na geladeira, e deu pra cozinhar de boa.

Hospedagem - Onde ficar em Joanesburgo: Curiocity

Atividades

O Curiocity oferece alguns tours a pé e de bicicleta pela cidade, além do passeio por Soweto e safári. Entretanto, só participei do tradicional braai (churrasco sul-africano) das noites de sexta-feira. Tímidos e introspectivos, vocês sobreviverão! Achei o evento legal para conhecer gente e integrar os hóspedes que estavam lá naquele fim de semana.

Lembro que falei muito de futebol com um torcedor do Feyenoord que detestava o zagueiro Bruno Martins Indi. Também descobri um sul-coreano que já havia morado no Paraguai e tinha um certo político brasileiro como ídolo.

Bar/restaurante

Às vezes, o bar estava animado. Achei curioso venderem versões “litrão” das cervejas, em vez das long necks.

Em uma das noites mais movimentadas, uma dupla de poetas se apresentou no pequeno palco. Não entendi nada do que falaram, mas foi curioso. Sem trocadilho.

Já quando voltei para o hostel na tarde de domingo, fiquei surpreso ao ver o bar lotado. Um grupo de turistas estava terminando de almoçar por lá. Enquanto isso, na varanda do segundo andar, um dj tocava uma música bem alta, animando a rua.

Curiocity - Joanesburgo, África do Sul

O que fazer nos arredores

Entre as coisas para se fazer a pé na rua principal, a Fox St, a que mais curti foi tomar um sorvete em um food truck verde. Escolhi o sabor baunilha, que estava bom, mas o que mais gostei ali foi a conversa com a angolana Albertina. Ela ficou muito feliz ao descobrir que eu era brasileiro: “Estava com saudades de conversar em português”.

Já a street art é quase um sinônimo daquele bairro. Em praticamente todas as ruas, encontrei um mural.

Por sua vez, o Market on Main agita a Fox St aos domingos. Realizado entre 10h e 15h, ele é voltado para a gastronomia e ao design. Passei rapidamente por lá, mas não eu estava muito animado. Era meu último dia em Joanesburgo e já estava cansado da floresta de concreto (a parada seguinte foi Jeffreys Bay).

O que senti falta em Maboneng: supermercados. Na época em que fiquei lá, havia uma vendinha na Betty St, mas ela estava longe de ser um Spar ou Pick n Pay. Por isso, acabava comprando as coisas para meu café/almoço/jantar quando passava por mercados em Sandton ou Rosebank.

Onde comer em Maboneng

Na única noite em que jantei fora do hostel, fui ao Pata Pata. Esse restaurante segue aquela linha do Mama Africa de Cape Town: comidas típicas da África do Sul e apresentações de música ao vivo.

Naquele jantar, escolhi os nomes familiares que encontrei no cardápio: boerewors (uma linguiça bem condimentada, fácil de encontrar nos supermercados) acompanhado de pap (feito de milho e cuja aparência lembra purê de batatas), ovo e o picante molho chakalaka.

Já o argentino Che se localiza quase em frente ao Curiocity. Não cheguei a comer lá, mas provei um sanduíche na barraca deles no Neighborgoods Market de Joanesburgo. Aprovadíssimo.

Maboneng: deslocamentos

Minha estratégia era ir para a estação Park, do Gautrain, e de lá partir para meus passeios. Foi com esse trem de alta velocidade que fiz um bate-volta em Pretória em um sábado. Já se você quiser fazer o passeio do ônibus vermelho do City Sightseeing, desça na estação Rosebank.

Na época, o Uber entre o Curiocity e a Park custava cerca de 40 rand. Para voltar a Maboneng, procure chamar em uma área sem taxistas. Evite a fadiga.

Quanto aos táxis de Joanesburgo, achei todos sofríveis. Não encontrei empresas como em Cape Town. Só os de rua. Que eram terríveis.

O Curiocity ainda tinha um taxista que atendia aos hóspedes. Liguei algumas vezes para me buscar na estação Park.

Serviço

Curiocity Backpackers, Joanesburgo

Endereço: 02 Fox St

Tarifas: A partir de 180 rand (preço em julho/2019)

Como chegar: A melhor opção é o Uber. A estação de Gautrain mais próxima é a Park, mas acho longe para ir a pé. O hostel também faz parte do Baz Bus, serviço de hop-on hop-off que cruza o país.


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Pedro Leonardo
Pedro Leonardo

Carioca, jornalista, SA Specialist certificado pela South African Tourism.

5 comentários

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  1. Ola! Vc lembra o tempo gasto e o preço do Gautrain do aeroporto até a Park Station? Tem vários horários? lembra qtos Rands o taxista do hostel cobrava pra Park St?
    Indicaria algum outro hostel ou outra hospedagem economica pela localizaçao-preço- logística em Sandton ou Rosebank?
    Vc ficou em dorm de quantas camas?
    Muito grata, Mari.

  2. Pedro, vim ver seu POST sobre Jobburg para tentar me animar um pouco com a região do hostel. Me hospedei no Curiocity tb e confesso que estou um pouco assustada, mesmo para quem mora em Belém.
    Melhorando minhas impressões e o choque inicial volto aqui para refazer o comentário.