O Guia da Garden Route: o que fazer e onde se hospedar

  • A Garden Route é a road trip mais comum entre quem faz turismo ou intercâmbio na África do Sul.
  • Este post traz um resumão com as principais cidades e atrações do roteiro.
  • O roteiro da Garden Route inclui atrações como o bungee jump da Bloukrans Bridge e o Tsitsikamma National Park

(post atualizado em 12/11/2024)

Chamada de Rota Jardim em alguns guias, a Garden Route é um conjunto de cidades das províncias de Western Cape – onde fica a Cidade do Cabo – e Eastern Cape. Tecnicamente, ela vai de Mossel Bay a Storms River. Entretanto, é comum incluir nas viagens lugares como Port Elizabeth, Jeffreys Bay e a região de Overberg, que estão fora dessas “fronteiras”.

É nesse roteiro que fica uma das atrações mais procuradas da África do Sul: o bungee jump da Bloukrans Bridge, a 550 km de Cape Town. Outros sucessos de público são as pontes suspensas do Tsitsikamma National Park e o Knysna Elephant Park.

Índice:

Garden Route: transporte

As formas mais comuns de se deslocar pela Garden Route: Baz Bus, ônibus, carro alugado ou vans de agências.

Carro

A opção que funcionou melhor para mim foi alugar um carro. Assim, dá pra controlar melhor o tempo e fazer um roteiro com mais improvisos. Reunindo umas três pessoas para dividir gastos, fica bem, bem leve. Sem falar que as estradas naquela parte do país são perfeitas e bem sinalizadas. A mão inglesa não me atrapalhou nem um pouco.

  • Embora tenha usado a CNH brasileira em algumas viagens, estreei a permissão internacional (PID) na mais recente ao país, em 2024. Preferi assim. Você viaja mais tranquilo e a parte burocrática nas locadoras leva bem menos tempo.
  • Se você fizer a trip dirigindo, sugiro adquirir o guia da do blog Se Lança. Seu diferencial é ser escrito por quem já morou na África do Sul.
Baz Bus

É um serviço de hop-on hop-off que circula por quase todo o país, tendo como “hubs” as cidades de Cape Town, Port Elizabeth, Durban e Joanesburgo. Seu ponto forte é a comodidade: ele busca os viajantes na porta de seus respectivos hostels.

Apesar do preço mais salgado, é ótimo para quem está fazendo a Garden Route sozinho. É possível conhecer muita gente nessas longas viagens. Você sempre arranja companhia para fazer as coisas.

Em relação ao planejamento, eu adoraria se o site do Baz Bus voltasse a disponibilizar a lista dos hostels atendidos. Isso ajudava muito no roteiro. Entretanto, você pode solicitar essa relação pelo chat da página deles. Fiz um teste e me enviaram os arquivos pdf.

Baz Bus - África do Sul
Ônibus

É uma comparar com o preço dos trajetos do Baz Bus – isso não vale só na Garden Route. Em alguns casos, pode ser mais vantajoso pegar um ônibus de empresas como a Intercape.

Como poucas cidades do trajeto possuem uma rodoviária, muitas paradas são feitas em postos de gasolina Shell ou Engen. Aí, é só combinar com seu hostel uma forma de sair dali. Alguns têm vans para buscar hóspedes. Geralmente, este shuttle é pago.

Agências

Agências como a Hotspots2c oferecem uns pacotes mais compactos de Garden Route. Duram, geralmente, uns quatro ou cinco dias e incluem as cidades e atividades mais conhecidas, como Oudtshoorn, Jeffreys Bay e o bungee jump.

Essa acaba sendo uma opção comum para estudantes que fazem intercâmbios mais curtos, pois cabem num final de semana.

Avião

Para quem não quiser ou puder passar na estrada, há a opção de “cortar caminho” na Garden Route através de voos domésticos. Os principais aeroportos da região são o de George e o de Gqeberha (ex-Port Elizabeth).

Em 2015, por exemplo, voei de Joanesburgo para a então Port Elizabeth, onde peguei um carro e segui viagem rumo ao oeste. Passei alguns dias em Jeffreys Bay, Plettenberg Bay e Mossel Bay antes de chegar em Cape Town.

Já George fica mais próxima de cidades como Mossel Bay, Wilderness, Knysna e Plettenberg, além de Oudtshoorn, que fica mais afastada do litoral.

  • Aeroportos: George e Gqeberha/Port Elizabeth.
  • Companhias aéreas: Airlink e FlySafair.

Dicas gerais da Garden Route

Na viagem de 2014, acabei gastando muito com alimentação. Isso porque a maior parte dos hostels – sobretudo, os que ficam em cidades menores – não oferece café da manhã gratuito. Havia lugares em que eu precisava pagar por três refeições em um dia.

Por isso, aproveite a passagem por cidades maiores ou as paradas da estrada para fazer compras básicas, como pão de forma, biscoito, água e macarrão.

“O tempo na África do Sul nunca é suficiente”

Essa frase é de Dave Swart, dono do Amakaya Backpackers de Plettenberg Bay. Nunca esqueci o que ele me falou em agosto de 2011. O país tem muitas atrações, e seria necessário voltar milhões vezes para conseguir conhecer tudo que há de extraordinário. Se o tempo for curto, priorize umas duas ou três atividades. Não faça as coisas com pressa. Nem passe a semana toda dirigindo.

A seguir, veja um pouco dos lugares da Garden Route que visitei em 2011, 2014 e 2015.

Rota cênica

A enorme estrada N2 é o caminho padrão da Garden Route, já que vai de Cape Town até o leste do país. Já na região do Overberg é possível fazer uma variação do caminho: a Clarence Drive adiciona alguns quilômetros, mas compensa com muita beleza no trecho do litoral.

Na viagem de 2015, em meu caminho para a Cidade do Cabo, fiz um desvio pegando a costa. Dirigi pelo trecho da Clarence Drive que passa por Betty’s Bay, Kogel Bay e termina em Gordon’s Bay. O trajeto entre as pedras e o mar lembra muito a Chapman’s Peak Drive.

R44/Clarence Drive - Kogel Bay, África do Sul

L’Agulhas/Struisbaai

L’Agulhas e Struisbaai são duas cidadezinhas minúsculas. Elas ficam próximas ao Cabo das Agulhas, ponto mais ao sul do continente africano e onde há um marco da divisão dos oceanos Índico e Atlântico.

Esses lugares se localizam a cerca de 220 km de Cape Town e a quase 100 km da saída da N2. Por isso, é mais difícil encaixar essa região em roteiros de três ou quatro dias, por exemplo.

Visitei o Cabo das Agulhas em 2011, só que, desde então, não consegui encaixá-lo no roteiro das viagens seguintes. Penso no trabalhão para chegar num lugar no qual já estive, aí acabo cortando.

Cabo das Agulhas - L'Agulhas/Struisbaai, África do Sul
O que fazer em L’Agulhas/Struisbaai

Conheci muito pouco do lugar na luz do dia. Chegamos numa quarta à noite, e vi o céu mais estrelado da minha vida até então. No dia seguinte, acordamos bem cedo para ver o sol nascer num morrinho perto do farol. Valeu a pena.

Depois, partimos para o marco da divisão dos oceanos Atlântico e Índico, e seguimos viagem.

Onde ficar em L’Agulhas/Struisbaai

O Cape Agulhas Backpackers foi o primeiro hostel que conheci na África do Sul e segue sendo um dos meus preferidos. Pelo menos em 2011, era limpo, bem cuidado e aconchegante.

Descobri através da Marcela, do @tripsandroadtrips, as acomodações dentro do Agulhas National Park. Também achei alguns vídeos no YouTube, como este, que mostram os chalés do parque.

Mossel Bay

Foi nessa cidade que passei a última noite antes de chegar Cape Town em 2015. Precisava de um lugar para descansar. Cogitei Swelledam, mas fiquei em Mossel Bay mesmo. Naquele sábado frio, chuvoso e com tudo fechado, não pareceu o lugar mais divertido do mundo.

O que fazer em Mossel Bay

Nem os outros dois hóspedes do albergue sabiam. Resolvi sair para uma caminhada nos arredores. Passei em frente ao Bartholomeu Dias Museum Complex e ao Santos Express, o famoso lodge que fica dentro de um trem desativado, junto à praia.

À noite, a única opção para jantar era o restaurante do outro lado da rua. Sorte que era o ótimo Café Gannet.

Veja também: Onde comer em Mossel Bay: Café Gannet

No dia seguinte, partimos cedo para Zorgfontein – a minha companhia de viagem faria a caminhada com leões – e, em seguida, para o safári da Botlierskop Game Reserve.

Não tive muita sorte no game drive. Apesar de avistar dois leões, algumas zebras, um grupo de rinocerontes e uma girafa, foram períodos muito longos circulando pela reserva e sem encontrar nenhum bicho.

Nas pesquisas para uma próxima viagem, me interessei pela tirolesa de Mossel Bay. Aparentemente, é a mais longa do mundo – entre as que passam sobre o mar. Naquela mesma região, fica o sítio arqueológico de Cape St. Blaize.

Onde ficar em Mossel Bay

A primeira opção das pessoas costuma ser o Santos Express, o “hotel do trem”. Ele ocupa vagões desativados e fica localizado em frente à praia. É ao lado do Bartholomeu Dias Museum Complex, atração mais famosa da cidade.

Contudo, em 2015, fiquei hospedado no Mile Crunchers, que fica próximo à outra entrada do museu. Numa próxima viagem, acho que escolheria o Santos.

Swelledam

Localizada no pé de uma cadeia de montanhas, ainda é considerada parte da região de Overberg. Passei por lá nas duas primeiras viagens. Em 2011, paramos pra tomar café da manhã no saudoso Powell House Restaurant. Atendimento espetacular de um casal de velhinhos.

Já em 2014 a cidade foi a última parada do Baz Bus antes de chegar em Hermanus, meu destino naquele dia. Vi ruas calmas, bem arborizadas. Pelo que percebi, é um lugar para programa calmos e na natureza.

Oudtshoorn

A cidade de nome difícil fica longe da costa, na região do Klein Karoo, que tem ares de deserto. É a parada mais famosa da estrada Route 62, que, naquela região, dá a impressão de ligar o nada ao lugar nenhum. No trajeto, uma das poucas construções que você verá é o pub Ronnie’s Sex Shop. É um PUB, tá?

Oudtshoorn é a capital mundial do avestruz. Por isso, a dica de gastronomia é provar a carne da ave em restaurantes como o La Dolce Vita.

O que fazer em Oudtshoorn

É difícil escapar daquela pegada de “roteiro de excursão”. Visitei a Cango Ostrich Show Farm durante a Garden Route de 2011 e me decepcionei. É até interessante saber que dá pra fazer 32 omeletes com o ovo do avestruz e que as penas são aproveitadas no Carnaval do Rio. No entanto, fiquei arrependido depois de montar na pobre ave. Um exemplo de interação equivocada com animais.

Quem gosta de bichos talvez curta mais o Cango Wildlife Ranch, que tem cobras, filhotes de cheetah/guepardo e até… mergulho com crocodilos.

Na verdade, a única coisa que cheguei perto de gostar em Oudtshoorn foi a visita às Cango Caves, atração turística mais antiga da África do Sul. Há o tour “light” e o mais difícil, meio claustrofóbico.

Onde ficar em Oudtshoorn

Passei a noite no agradável hostel Oasis Shanti, que tem o ítem mais importante para a região: bons chuveiros, ótimos para tirar a nhaca de avestruz.

Wilderness

Infelizmente, minhas passagens por Wilderness foram breves. Em 2014, eu vi o hostel Beach House de dentro do Baz Bus e fiquei curioso. Se tivesse tempo, toparia ficar um pouco por lá naquela viagem. No ano seguinte, passei pela cidade apenas para almoçar. Foi apenas uma parada no meio do trajeto entre Plettenberg Bay e Mossel Bay.

O que fazer em Wilderness

Parei no ótimo restaurante Pomodoro, dica da minha amiga Clara Ventura. Pedi uma pasta com molho Alfredo (bacon, cogumelos e um tipo de molho branco). Na sobremesa, cheesecake com sorvete.

Restaurante Pomodoro - Wilderness, África do Sul

Outra atividade famosa na cidade é a trilha que passa por uma linha férrea desativada. O caminho inclui a ponte sobre o rio Kaaimans e uma caverna habitada por um homem.

Onde ficar em Wilderness

Clara Ventura e sua avaliação sobre o Beach House no Trip Advisor:

“Pessoal bem hospitaleiro. O albergue é bem localizado e com uma vista maravilhosa pra praia, inclusive os quartos. Bastante atividades em redor. À noite, às vezes, rola churrasco local ou pizza, pago à parte, mas vale a pena.”

Knysna

Knysna (pronúncia: NÁISNA) e Plettenberg Bay são estratégicas na Garden Route. A primeira, por sinal, foi palco do barraco da seleção francesa na Copa de 2010 e é uma das cidades que indico para ser uma das bases da sua trip. Ela fica num ponto interessante, perto do Knysna Elephant Park e a 1 hora da ponte do bungee.

Knysna Elephant Park, África do Sul

Veja também:

O que fazer em Knysna

Uma das principais atrações do lugar é o Knysna Elephant Park, embora ele fique muito mais perto de Plettenberg. Já a cidade mesmo conta com as Knysna Heads, na saída para o mar aberto. Há um mirante numa área residencial, fácil de se chegar de carro.

O Waterfront de Knysna também pode ser uma boa para comer. Recomendo o 34 South. Foi onde comi ostras pela primeira vez na vida. É um daqueles lugares em que você pode se encher de frutos do mar pagando relativamente pouco.

Onde ficar em Knysna

Em 2015, até cheguei a pesquisa hospedagem em Knysna, que tem uma filial do Island Vibe. Entretanto, optei por ficar em Plettenberg Bay, assunto do próximo tópico.

Plettenberg Bay

“Plett” é uma cidade de praia com boa estrutura. Tanto que conta com filiais dos mercados Spar e Checkers. Por isso, eu a escolhi como base dos meus dias naquela região em 2015. De lá, pude sair para a ponte do bungee, Storms River, Tsitsikamma National Park e Knysna.

O que fazer em Plettenberg Bay

Considerada um dos melhores lugares do mundo para salto de paraquedas, Plettenberg também tem uma famosa reserva, a Robberg Nature Reserve.

Entre as minhas atividades, curti o pôr do sol no Whale Viewpoint (basta entrar na Church St. e seguir as placas). Apesar do nome, nada de baleias. Lamentável. Só avistei dezenas de golfinhos.

No primeiro dia de Plett, almocei no Nepo’s e, sem poder escolher muito, jantei no suiço/italiano Miei Amici, que não existe mais. As ruas ficam bem vazias à noite e são mal iluminadas. Poucos lugares ficam abertos.

Na Garden Route de 2011, o almoço foi no moçambicano LM in Plett (cuidado com o molho peri peri!). Mais tarde, comprei a janta no Skaf Tin. Tentei voltar neste último em dezembro/2015, mas já era tarde: ele fechara às 20h.

Onde ficar em Plettenberg Bay

Repetindo 2011, escolhi o Amakaya para a minha passagem por lá em 2015. O pessoal da recepção merece elogios: esqueci meu cartão de crédito durante o check-out e as moças me ligaram, mandaram e-mail e tudo. Só percebi quando estava no Knysna Elephant Park. Felizmente, o parque fica a uns dez minutos de Plett.

The Crags/Nature’s Valley

Com um perfil, digamos, mais natureza, The Crags fica perto da divisa das províncias de Western Cape e Eastern Cape. Junto com Storms River, é o lugar mais próximo da ponte do bungee jump. Ambos ficam a cerca de 20 km da Bloukrans Bridge.

O que fazer em The Crags

Outra marca do lugar é a chance de ter contato com felinos, elefantes e outros animais em santuários. Os principais são Jukani Wildlife Sanctuary, Birds of Eden, Monkeyland, Elephant Sanctuary e Tenikwa Wildlife Awareness and Rehabilitation Centre. A estrada tem placas com indicações para eles.

Dica dos amigos do blog

Durante a viagem que inspirou minha primeira volta à África do Sul, a Clara se hospedou no Wild Spirit, o principal hostel da área, e achou o lugar “diferente”.

“Foi uma experiência diferente, uma vibe bem leve. O local é bem agradável para quem está procurando paz. Não tem agito nem festas. É quase uma comunidade hippie onde tudo é ecologicamente correto.
Tem bastante comida vegetariana e orgânica. Lado ruim é que os banheiros não eram limpos. Mas foi uma experiência diferente e interessante. Mas vale a pena. O wi-fi não funcionava direito. Era bem isolado. Mas tinha cachoeira perto e trilhas interessantes.”

Hospedagem - The Crags - Wild Spirit - África do Sul
Foto: Isis Alencar

Storms River

Na minha jornada rumo a Cape Town em 2014, optei por parar em Storms River para pular no bungee jump. Uma das razões foi o ótimo suporte do Tube N Axe, respondendo bem e rápido às minhas dúvidas antes da viagem.

O que fazer em Storms River

Enquanto caminhava de volta para o hostel, após o almoço, me surpreendi com um grupo andando de Segway, aquele patinete popular entre seguranças. Há tours pelo meio da floresta.

Fora daquele centrinho, ainda há atrações como o Tsitsikamma Zipline e o Tsitsikamma National Park, onde ficam as famosas pontes suspensas do rio Storms e há o passeio de caiaque & lilo.

Storms River é isso: pouco movimento na rua, lodges e programas de aventura. Ótimo para uma passagem bem rápida se você estiver sozinho na Garden Route, e interessante para casais passarem o fim de semana.

O Marylin’s parecia ser a única opção para comer. É um restaurante retrô, que remete às lanchonetes americanas dos anos 50/60.

Onde ficar em Storms River

O Tube N Axe vai na contramão do ambiente roots de Crags. Camas confortáveis, banheiros limpos e transporte para as atrações de aventura, como o tubing e o bungee jump – o serviço é pago no check-out.

Veja também:

Bungee jump (Bloukrans Bridge)

Atração mais conhecida da Garden Route, o bungee jump da Bloukrans Bridge é operado pela empresa Face Adrenalin. A ponte se localiza na divisa das províncias de Eastern Cape e Western Cape, a cerca de 30 km da cidade de Plettenberg Bay.

Vale ressaltar que o lugar fica beeeem longe de Cape Town. São cerca de 550 km até a Cidade do Cabo. Por isso, é melhor encaixar a atividade no roteiro de uma viagem pela Garden Route.

Bungee jump na África do Sul
Reservas

Você pode reservar seu salto através do site oficial do bungee jump. Também dá pra organizar isso nas recepções dos hostels ou contratando tour de agências. O site GetYourGuide, parceiro do Bastante Sotaque, também oferece a opção de agendamento do salto na Bloukrans.

É possível ir no bungee sem fazer reservas, mas a empresa que opera os saltos recomenda o agendamento com, no mínimo, 48h de antecedência.

Contatos: Site, book@bloukransbungy.com, info@bloukransbungy.com, +27 (0) 42 281 1458.

Como chegar ao bungee jump

De carro ou com algum shuttle oferecido por hostels da Garden Route. Há quem faça um bate-volta, dirigindo de Cape Town à ponte, mas não recomendo.

Bungee jump na Garden Route: Hospedagem

Recomendo ficar em Storms River, The Crags, Plettenberg Bay, Knysna e, vá lá, Jeffreys Bay. Veja os detalhes sobre as acomodações no final deste post.

Jeffreys Bay

Todo mundo associa Jeffreys Bay ao surf, mas é possível passar dias agradáveis na cidade até sem entrar no mar.

O que fazer em Jeffreys Bay

Surf, sandboard, passeio de cavalo, visita a uma township, zipline na cachoeira. O “meu” hostel, Island Vibe, oferece todas essas atividades.

Fora dos tours e esportes de aventura, achei legal jogar futebol na viagem de 2014. Foi um animado 11 contra 11 logo depois do check-in, sob o sol do meio-dia.

Entre os restaurantes, curti o Catch of the Day. Já tentei ir no Kitchen Windows, que me recomendaram, mas estava lotado.

Onde ficar em Jeffreys Bay

Island Vibe. Geralmente, quem tem saudades de Jeffreys Bay se hospedou lá.

Dica dos amigos do blog

Jeffreys Bay me conquistou logo de cara. Tanto que voltei lá em 2015. Sou muito grato à Clara, que foi enfática ao me recomendar gastar (ou ganhar?) pelo menos três dias na cidade. Veja o que ela tem a dizer sobre o Island Vibe:

“Island Vibe é o melhor hostel do mundo. Um portão te separa de uma praia maravilhosa. A vibe de lá é excelente. Só gente bonita e aberta pra novas pessoas. Party todos os dias. Um clima realmente sensacional. Sem contar o por do sol que é maravilhoso.”

Veja também: Jeffreys Bay: dicas de onde ficar e o que fazer

Gqeberha (ex-Port Elizabeth)

Assim como Jeffreys Bay, não é bem Garden Route, mas costuma aparecer no roteiro dos brasileiros. A passagem relâmpago por lá em 2011 não contou. Ainda bem que dei uma nova chance a Gqeberha/Port Elizabeth em 2014 e mudei minha opinião.

Para quem está de Baz Bus, PE é uma parada obrigatória. Literalmente. Você tem que passar a noite num hostel da cidade antes de a viagem continuar pela manhã. Em 2014, dormi lá e optei por ficar um dia inteiro, descansando da estrada, antes de seguir para Jeffreys Bay.

Outro ponto a favor de Gqeberha/Port Elizabeth é ela ser uma das cidades sul-africanas que contam com o Uber.

Monumento Voting Line - Port Elizabeth, África do Sul
Aeroporto de Port Elizabeth/Gqeberha

Na viagem de 2015, voei de Joanesburgo para Gqeberha/Port Elizabeth, onde retirei o carro que aluguei pela Avis/Budget. O local é pequeno, tem mais ou menos o tamanho do aeroporto de Navegantes-SC. Portanto, não é difícil achar a área das locadoras. De lá, parti direto para Jeffreys Bay.

O que fazer em Gqeberha/Port Elizabeth

Na minha passagem por lá em 2014, até que fiz bastante coisa para um dia, e em uma cidade na qual achava que não havia nada para fazer.

  • SANCCOB, um centro de reabilitação de pinguins. Bom para matar algumas horas antes da abertura dos bares.
  • Visitar o estádio Nelson Mandela Bay, palco da eliminação do Brasil na Copa de 2010.
  • Donkin Reserve: A praça abriga a maior bandeira do país, um farol e um tributo do ex-governador e fundador da cidade, Sir Rufane, a tal Elizabeth, sua falecida esposa. Lá também fica a escultura “Fila de Votação”, que representa a democracia e retrata Nelson Mandela e o povo sul-africano.
  • Beershack: Bar em frente à praia, perto do McDonalds. Boa variedade de cervejas e ótima pizza.
  • King’s Beach: Onde finalmente mergulhei nas águas do Índico. Cuidado com as caravelas.
  • Boardwalk: O pós-praia foi num café do shopping Boardwalk, que tem até cassino.
Estádio Nelson Mandela Bay - Port Elizabeth, África do Sul
Safári

A principal opção de safári nos arredores de Port Elizabeth é o Addo Elephant Park. Algumas agências fazem até um combinado incluindo esse parque e a reserva Schotia.

Onde ficar em Port Elizabeth/Gqeberha

Fiquei hospedado no Lungile e, caso volte para Port Elizabeth, dificilmente me hospedaria em outro lugar.

O Lungile foi uma grata surpresa após tantos albergues “pé na areia” e party hostels na viagem de 2014. De longe, o mais confortável de toda a Garden Route daquele ano.

Serviço

Aluguel de carros

Para quem pensa em alugar um veículo na África do Sul, uma opção é aproveitar a parceria do Bastante Sotaque com a Rentcars. Para reservar, basta clicar aqui.

Em três viagens, usei a CNH brasileira. Cheguei até a ser parado numa blitz na estrada, perto de Plettenberg Bay, e foi tudo bem. Já em 2024, fiz uma Permissão Internacional para Dirigir (PID) para evitar a fadiga.

Baz Bus

O serviço de hop-on hop-off vai de hostel em hostel, sendo uma forma cômoda de se viajar pelo país. É mais caro, porém, imbatível em sociabilidade. Ideal para mochilões. Veja mais detalhes no site oficial.

Ônibus

Entre as principais empresas que operam viagens nos chamados ônibus “coach” pela África do Sul estão Intercape e Citiliner. As passagens podem ser compradas nas rodoviárias e em algumas redes de supermercados e hipermercados como a Checkers.

L’Agulhas/Struisbaai

Hospedagem

Cape Agulhas Backpackers – Quartos a partir de 220 rand/noite (preço em maio/2024); endereço: 17 Duiker St, Struisbaai; site.

Agulhas National Park – Confira os preços das acomodações; endereço: 214 Main Rd, Agulhas, Bredasdorp; site.

Mossel Bay

Bartholomeu Dias Museum Complex

Ingresso: 30 rand (valor em maio/2024). Funcionamento: 9h-16h45 (dias úteis); 9h-15h45 (final de semana e feriado). Endereço: 1 Market St, Mossel Bay / site.

Botlierskop Game Reserve

Game drive de 3h para quem não é hóspede: 630 rand (adultos) e 315 rand (crianças). Tarifa de outubro/2024 a setembro/2025: 690 rand (adultos) e 345 rand (crianças). É preciso reservar pelo site. Endereço: Gonnakraal Road, Little Brak River.

Onde comer: Café Gannet

Endereço: Old Post Tree Square, 1 Market Street, Mossel Bay.

Hospedagem

Santos Express – O famoso hotel do trem; quartos a partir de 260 rand/noite (preço em maio/2024); endereço: Munro Rd, Santos Beach, Mossel Bay; site.

Oudtshoorn

Cango Caves

Tour a partir de 170 rand (adultos) e 120 rand (crianças). Valores em maio/2024. Reservar é essencial. Endereço: Cango Valleie Road, Oudtshoorn; site.

Hospedagem

Oasis Shanti – Quartos coletivos a partir de 160 rand/noite (preço em outubro/2024). Endereço: 3 Kerk St, Oudtshoorn; site.

Wilderness

Onde comer

Pomodoro – Restaurante italiano. Endereço: 197 George Rd, Wilderness; site.

Hospedagem

Beach House Backpackers Lodge – Quartos coletivos a partir de 280 rand/noite (preço em maio/2024); endereço: Western Rd, Wilderness; site.

Knysna

Knysna Elephant Park

Confira os preços das atividades. Endereço: 41 Bowtie Dr, Plettenberg Bay; site.

Onde comer

34 South – Restaurante especializado em peixes e frutos do mar. Famoso pelas ostras. Endereço: 21 Waterfront Dr (Knysna Waterfront); site.

Plettenberg Bay

Hospedagem

Amakaya – Quartos a partir de 700 rand/noite (preço em maio/2024). Endereço: 15 Park Ln, Plettenberg Bay; site.

The Crags/Nature’s Valley

Hospedagem

Wild Spirit – Quartos coletivos a partir de 280 rand/noite. Endereço: Khoinania farm, R102 Nature’s Valley Road. Coordenadas: -33° 56′ 51.58″, +23° 31′ 14.35″; site.

Storms River

Onde comer

Marilyn’s – Comida variada, de boa qualidade. Os pratos são simples, ao contrário das suas descrições no cardápio. Endereço: Darnell St (a rua principal).

Hospedagem

Tube n Axe – Quartos coletivos a partir de 235 rand/noite (preço em maio/2024). Endereço: 85 Darnell St, Storms River; site.

Jeffreys Bay

Onde comer

Ocean Basket – Peixes, frutos do mar e comida japonesa. Endereço: 33 Diaz Road (dentro do complexo Time Square).

Kitchen Windows – Menu variado. Endereço: 80 Ferreira Street, Main Beach.

Nina’s Real Food – Menu variado, com pegada mais saudável. Endereço: 126 Da Gama Road.

Compras

Billabong Factory Shop – Endereço: 2A Da Gama Road.

Quiksilver & Roxy Factory Shop – Endereço: 10 St. Croix Street.

Hospedagem

Island Vibe Backpackers – Quartos coletivos a partir de 200 rand (em maio/2024). Endereço: 10 Dageraad Street; site.

Port Elizabeth/Gqeberha

SANCCOB

Entrada: 75 rand (adultos)/30 rand (crianças). Endereço: Cape Recife Nature Reserve, Marine Drive – Port Elizabeth/Gqeberha / site.

Nelson Mandela Bay Stadium

Tours guiados: Realizados às segundas, quartas e sextas, entre 11h e 15h. Reservas pelo telefone 041 408 8900. Endereço: 70 Prince Alfred Rd, North End, Port Elizabeth/Gqeberha / Site.

Donkin Reserve/Monumento Voting Line

Endereço: Belmont Terrace – Donkin Street, Port Elizabeth/Gqeberha.

Shopping/hotel/cassino Boardwalk

O complexo pertence à rede Sun International e conta com cassino, lojas e várias opções para comer. Endereço: Beach Rd, Summerstrand, Port Elizabeth/Gqeberha. Site.

Hospedagem

Lungile Backpackers

Quartos a partir de 280 rand (em maio/2024). Endereço: 12 La Roche Drive. Humewood, Port Elizabeth/Gqeberha / site.

Transporte

Port Elizabeth é uma das cidades sul-africanas atendidas pelo Uber.

Táxi: Em 2014, chamei um táxi da Kingcab. Tel: 041 368 5559.


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Pedro Leonardo
Pedro Leonardo

Carioca, jornalista, SA Specialist certificado pela South African Tourism.

2 comentários

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  1. Oi pessoal..
    Quem me indicou o blog foi o Adriano D’Arienzo.. e super amei hein?! Que blog massa!
    Estou indo para Cape Town em Setembro e terei livre 4 dias (quinta e domingo) para fazer a Garden Route.
    Quais cidades destas você indica? O que vale muito a pena fazer.
    Sei que o tempo é curto e terei que fazer uma parte dela.. quase um bate e volta será.
    Você consegue me ajudar?

    • Que legal, Morgana! O Adriano é craque, sabe tudo e mais um pouco de África do Sul, mas conte comigo no que puder ajudar! hahah
      Eu não sei o perfil da viagem que você pretende fazer, mas acho interessante fazer de Plettenberg sua base. Ali, você não fica tão longe de lugares como a ponte do bungee, os santuários de animais, Tsitsikamma National Park e Knysna (gosto da gastronomia de lá).
      Pra praticar esportes ou atividades como zipline e tubing, podem ser opções Knysna, Sedgefield e Storms River, além do kayak & lilo do parque de Tsitsikamma.
      Em termos de praia, tem o Nature’s Valley/The Crags (perto de Plettenberg), Wilderness, Sedgefield.