- A Garden Route é a road trip mais comum entre quem faz turismo ou intercâmbio na África do Sul.
- Este post traz um resumão com as principais cidades e atrações do roteiro.
- O roteiro da Garden Route inclui atrações como o bungee jump da Bloukrans Bridge e o Tsitsikamma National Park
(post atualizado em 1/4/2025)
Chamada de Rota Jardim em alguns guias, a Garden Route é um conjunto de cidades das províncias de Western Cape – onde fica a Cidade do Cabo – e Eastern Cape. Tecnicamente, ela vai de Mossel Bay a Storms River. Entretanto, é comum incluir nas viagens lugares como Port Elizabeth, Jeffreys Bay e a região de Overberg, que estão fora dessas “fronteiras”.
É nesse roteiro que fica uma das atrações mais procuradas da África do Sul: o bungee jump da Bloukrans Bridge, a 550 km de Cape Town. Outros sucessos de público são as pontes suspensas do Tsitsikamma National Park e o Knysna Elephant Park.
Índice:
- Transporte
- Dicas gerais
- Rota cênica
- L’Agulhas/Struisbaai
- Mossel Bay
- Swelledam
- Oudtshoorn
- George
- Wilderness
- Knysna
- Plettenberg Bay
- The Crags/Nature’s Valley
- Bungee Jump na Bloukrans Bridge
- Tsitsikamma
- Storms River
- Jeffreys Bay
- Gqeberha (ex-Port Elizabeth)
- Serviço (detalhes sobre hospedagens, atividades e restaurantes)
Garden Route: transporte
As formas mais comuns de se deslocar pela Garden Route: Baz Bus, ônibus, carro alugado ou vans de agências.
Carro
A opção que funcionou melhor para mim foi alugar um carro. Assim, dá pra controlar melhor o tempo e fazer um roteiro com mais improvisos. Reunindo umas três pessoas para dividir gastos, fica bem, bem leve. Sem falar que as estradas naquela parte do país são perfeitas e bem sinalizadas. A mão inglesa não me atrapalhou nem um pouco.
- Embora tenha usado a CNH brasileira em algumas viagens, estreei a permissão internacional (PID) na mais recente ao país, em 2024. Preferi assim. Você viaja mais tranquilo e a parte burocrática nas locadoras leva bem menos tempo.
- Se você fizer a trip dirigindo, sugiro adquirir o guia da do blog Se Lança. Seu diferencial é ser escrito por quem já morou na África do Sul.
Baz Bus
É um serviço de hop-on hop-off que circula por quase todo o país, tendo como “hubs” as cidades de Cape Town, Port Elizabeth, Durban e Joanesburgo. Seu ponto forte é a comodidade: ele busca os viajantes na porta de seus respectivos hostels.
Apesar do preço mais salgado, é ótimo para quem está fazendo a Garden Route sozinho. É possível conhecer muita gente nessas longas viagens. Você sempre arranja companhia para fazer as coisas.
Em relação ao planejamento, eu adoraria se o site do Baz Bus voltasse a disponibilizar a lista dos hostels atendidos. Isso ajudava muito no roteiro. Entretanto, você pode solicitar essa relação pelo chat da página deles. Fiz um teste e me enviaram os arquivos pdf.

Ônibus
É uma boa comparar com o preço dos trajetos do Baz Bus – isso não vale só na Garden Route. Em alguns casos, pode ser mais vantajoso pegar um ônibus de empresas como a Intercape.
Como poucas cidades do trajeto possuem uma rodoviária, muitas paradas são feitas em postos de gasolina. Aí, é só combinar com seu hostel uma forma de sair dali. Alguns têm vans para buscar hóspedes. Geralmente, este shuttle é pago.
Agências
Agências oferecem uns pacotes mais compactos de Garden Route. Duram, geralmente, uns quatro ou cinco dias e incluem as cidades e atividades mais conhecidas, como Oudtshoorn, Jeffreys Bay e a ponte do bungee jump.
Essa acaba sendo uma opção comum para estudantes que fazem intercâmbios mais curtos, pois cabem num final de semana.
Avião
Para quem não quiser/puder pegar a estrada, há a opção de “cortar caminho” na Garden Route através de voos domésticos. Os principais aeroportos da região são o de George e o de Gqeberha (ex-Port Elizabeth).
Em 2015, por exemplo, voei de Joanesburgo para a então Port Elizabeth, onde peguei um carro e segui viagem rumo ao oeste. Passei alguns dias em Jeffreys Bay, Plettenberg Bay e Mossel Bay antes de chegar em Cape Town.
Já na viagem de fevereiro/março de 2025, cheguei na região da Garden Route através de um voo de 40 minutos entre Cape Town e George. Essa opção é interessante para quem se hospeda em lugares como Mossel Bay, Wilderness, Oudtshoorn, Knysna e Plettenberg Bay.
- Aeroportos: George e Gqeberha/Port Elizabeth.
- Companhias aéreas: South African (Joanesburgo-Gqeberha), Airlink e FlySafair.
- Veja também: Como se virar no aeroporto de George
Dicas gerais da Garden Route
Na viagem de 2014, acabei gastando muito com alimentação. Isso porque a maior parte dos hostels – sobretudo, os que ficam em cidades menores – não oferece café da manhã gratuito. Havia lugares em que eu precisava pagar por três refeições em um dia.
Por isso, aproveite a passagem por cidades maiores ou as paradas da estrada para fazer compras básicas, como pão de forma, biscoito, água e macarrão.
“O tempo na África do Sul nunca é suficiente”
Essa frase é de Dave Swart, dono do Amakaya Backpackers de Plettenberg Bay. Nunca esqueci o que ele me falou em agosto de 2011. O país tem muitas atrações, e seria necessário voltar milhões vezes para conseguir conhecer tudo que há de extraordinário.
Portanto, se o tempo for curto, priorize umas duas ou três atividades. Não faça as coisas com pressa. Nem passe a semana toda dirigindo.
Rota cênica
A enorme estrada N2 é o caminho padrão da Garden Route. Ela vai de Cape Town até o leste do país. Já na região do Overberg é possível fazer uma variação do caminho: a Clarence Drive adiciona alguns quilômetros, mas compensa com muita beleza no trecho do litoral.
Na viagem de 2015, em meu caminho para a Cidade do Cabo, fiz um desvio pegando a costa. Dirigi pelo trecho da Clarence Drive que passa por Betty’s Bay, Kogel Bay e termina em Gordon’s Bay. O trajeto entre as pedras e o mar lembra muito a Chapman’s Peak Drive.
- Se estiver no sentido Cape Town, saia da N2 em Bot River; na altura de Strand, pegue o acesso para a N2 que sai em Somerset West.
- Saindo de Cape Town, saia da N2 em Somerset West, seguindo as placas para a R44/Clarence Drive.
- Veja também: Clarence Drive, o caminho diferentão da Garden Route

L’Agulhas/Struisbaai
L’Agulhas e Struisbaai são duas cidadezinhas minúsculas. Elas ficam próximas ao Cabo das Agulhas, ponto mais ao sul do continente africano e onde há um marco da divisão dos oceanos Índico e Atlântico.
Esses lugares se localizam a cerca de 220 km de Cape Town e a quase 100 km da saída da N2. Por isso, é mais difícil encaixar essa região em roteiros de três ou quatro dias, por exemplo.
Visitei o Cabo das Agulhas em 2011. Entretanto, não consegui encaixá-lo no roteiro das viagens seguintes. Penso no trabalhão para chegar num lugar no qual já estive, aí acabo tirando da lista.
- Veja também: Post sobre o Cabo das Agulhas

O que fazer em L’Agulhas/Struisbaai
Conheci muito pouco do lugar na luz do dia. Chegamos numa quarta à noite, e vi o céu mais estrelado da minha vida até então. No dia seguinte, acordamos bem cedo para ver o sol nascer num morrinho perto do farol. Valeu a pena.
Depois, partimos para o marco da divisão dos oceanos Atlântico e Índico. Naquela época, ainda não havia o monumento Map of Africa, que faz uma representação de todo o continente africano.
Onde ficar em L’Agulhas/Struisbaai
- O Cape Agulhas Backpackers foi o primeiro hostel que conheci na África do Sul e segue sendo um dos meus preferidos. Pelo menos em 2011, era limpo, bem cuidado e aconchegante.
- O Agulhas National Park tem chalés que podem ser reservados através do site oficial dos parques nacionais da África do Sul.
Mossel Bay
Mossel Bay fez parte das minhas viagens de 2015 e 2025. Em ambas, foram passagens rápidas.
Na primeira vez, foi a última parada da viagem de carro rumo a Cape Town. Cheguei numa tarde chuvosa e parti na manhã seguinte.
Já em fevereiro de 2025, dei um pulinho em Mossel Bay antes de seguir para o AirBnb em Knysna. E dez anos depois, cheguei na cidade em… um dia de chuva.


O que fazer em Mossel Bay
CAVERNA: Nessa passagem rápida por Mossel Bay, fiz uma visita rápida ao Cape St Blaize. Uma das grandes atrações por ali é a caverna, que conta com um sítio arqueológico da Idade da Pedra.
TIROLESA: Também é nessa área que fica a maior tirolesa sobre o oceano do mundo. Não é necessário reservar com antecedência, mas a operação depende do tempo. Veja os detalhes no site da Mossel Bay Zipline.
SAFÁRI: Na viagem de 2015, fiz o safári na Botlierskop Game Reserve, mas não tive muita sorte. Apesar de avistar dois leões, algumas zebras, um grupo de rinocerontes e uma girafa, foram períodos muito longos circulando pela reserva e sem encontrar nenhum bicho.

Onde comer em Mossel Bay
A única dica testada e aprovada é o ótimo Café Gannet. Ao menos em dezembro de 2015, era ótimo. Endereço: Old Post Tree Square, 1 Market Street, Mossel Bay.
- Veja também: Jantando no Café Gannet de Mossel Bay

Onde ficar em Mossel Bay
A opção de hospedagem mais conhecida é o Santos Express, o “hotel do trem”. Ele ocupa vagões desativados e fica localizado em frente à praia.
Swelledam
Localizada no pé de uma cadeia de montanhas, ainda é considerada parte da região de Overberg. Passei por lá nas duas primeiras viagens. Em 2011, paramos pra tomar café da manhã no saudoso Powell House Restaurant. Atendimento espetacular de um casal de velhinhos.
Já em 2014 a cidade foi a última parada do Baz Bus antes de chegar em Hermanus, meu destino naquele dia. Vi ruas calmas, bem arborizadas. Pelo que percebi, é um lugar para programa calmos e na natureza.
Oudtshoorn
A cidade de nome difícil fica longe da costa, na região do Klein Karoo, que tem ares de deserto. É a parada mais famosa da estrada Route 62, que, naquela região, dá a impressão de ligar o nada ao lugar nenhum. No trajeto, uma das poucas construções que você verá é o pub Ronnie’s Sex Shop.
Oudtshoorn é a capital mundial dos avestruzes. Por isso, a dica de gastronomia é provar a carne da ave em restaurantes como o La Dolce Vita.
O que fazer em Oudtshoorn
É difícil escapar daquela pegada de “roteiro de excursão”. Visitei a Cango Ostrich Show Farm durante a Garden Route de 2011 e me decepcionei. É até interessante saber que dá pra fazer 32 omeletes com o ovo do avestruz e que as penas são aproveitadas no Carnaval do Rio. No entanto, fiquei arrependido depois de montar na pobre ave. Um exemplo de interação equivocadíssima com animais.
Quem gosta de bichos talvez curta mais o Cango Wildlife Ranch, que tem cobras, filhotes de cheetah/guepardo e até… mergulho com crocodilos.
Na verdade, a única coisa que cheguei perto de gostar em Oudtshoorn foi a visita às Cango Caves, atração turística mais antiga da África do Sul. Há o tour “light” e o mais difícil, meio claustrofóbico.
- CANGO CAVES: Tours a partir de 250 rand (adultos) e 200 rand (crianças). Valores em abril/2025. É obrigatório reservar: faça pelo e-mail reservations@cangocaves.co.za ou compre o ingresso no Webtickets. Endereço: Cango Valleie Road, Oudtshoorn; site.

George
Eu incluí George neste post nem tanto pelas suas atrações, mas pela questão da estratégia. A cidade tem um aeroporto e não fica longe de Knysna e Plettenberg, duas ótimas opções para se ter como base na Rota Jardim.
Pequeno e funcional, o aeroporto de George atende perfeitamente às necessidades de quem o escolhe como forma de iniciar o roteiro da Garden Route.
Na viagem de 2025, voei de Cape Town até lá numa terça, fazendo o caminho de volta no sábado. O voo entre as duas cidades dura apenas 40 minutos.

Wilderness
Infelizmente, minhas passagens por Wilderness foram breves. Em 2014, eu vi o hostel Beach House de dentro do Baz Bus e fiquei curioso. Se tivesse tempo, toparia ficar um pouco por lá naquela viagem. No ano seguinte, passei pela cidade apenas para almoçar. Foi apenas uma parada no meio do trajeto entre Plettenberg Bay e Mossel Bay.
O que fazer em Wilderness
Na minha viagem mais recente, parei em um mirante que descobri ao “navegar” pelo Google Maps. Chamado de Dolphin Point, ele fica na estrada N2 e tem vista para a praia de Wilderness. Dali, também é possível avistar a ponte férrea desativada sobre o rio Kaaimans.
Essa ponte faz parte de uma trilha que vai até Victoria Bay. Entretanto, não a recomendo para quem vai sozinho. Procure ir em grupos e com quem conhece a área.


Aventura e natureza
Como é comum naquela região, há uma grande oferta de esportes de aventura. Destaque para o parapente e o aluguel de caiaques.
Para os amantes de natureza, uma atração relevante é o Map of Africa. Essa é uma formação montanhosa que lembra o desenho do continente africano. Esse “mapa” é observado de um ponto que fica a cerca de 10 minutos da estrada N2.
Onde comer em Wilderness
Na viagem de 2025, parei no restaurante Pomodoro, dica da minha amiga Clara Ventura. Pedi uma pasta com molho Alfredo (bacon, cogumelos e um tipo de molho branco). Na sobremesa, cheesecake com sorvete.
- POMODORO: Restaurante italiano. Endereço: 197 George Rd, Wilderness; site.

Onde ficar em Wilderness
Clara Ventura e sua avaliação sobre o Beach House no Trip Advisor:
“Pessoal bem hospitaleiro. O albergue é bem localizado e com uma vista maravilhosa pra praia, inclusive os quartos. Bastante atividades em redor. À noite, às vezes, rola churrasco local ou pizza, pago à parte, mas vale a pena.”
Knysna
Knysna (pronúncia: “náisna”) e Plettenberg Bay são estratégicas na Garden Route. A primeira, por sinal, foi palco do barraco da seleção francesa na Copa de 2010 e é uma das cidades que indico para ser uma das bases da sua trip.
Sua localização estratégica é um ponto forte. Você consegue chegar às principais atrações da Garden Route dirigindo por, no máximo, 1h30min. Dentro desse raio, estão lugares como a ponte do bungee jump e o Tsitsikamma National Park. Já o aeroporto de George fica a cerca de 1h.

- Veja também: As dicas de Knysna, a pérola da Garden Route
O que fazer em Knysna
As principais atrações em Knysna ficam na região de sua lagoa, como as Heads e os passeios de barco. Já o lado da montanha é mais voltado para esportes de aventura, como trilhas e mountain bike.
Destaco as Heads, que margeiam o encontro do Oceano Índico com a foz do rio Knysna. Essa é a paisagem mais famosa da cidade. No lado oceânico, ficam as praias de Brenton e Buffalo Bay.
O Waterfront tem boas opções gastronômicas, como os restaurantes O Pescador e 34 South. Já o Knysna Mall tem filiais das principais lojas de varejo e um supermercado Spar.
Onde comer em Knysna
Em fevereiro de 2025, o melhor almoço na cidade de Knysna foi no restaurante O Pescador, localizado no Waterfront. Também passei pelo 34 South, que já conhecia da viagem de 2015.

- O PESCADOR: Restaurante de comida portuguesa. O menu tem carnes, frangos e frutos do mar. Knysna Waterfront, shop 20; site oficial.
- 34 SOUTH: Especializado em frutos do mar. Knysna Waterfront, shop 19; Instagram; site. Confira o post sobre esse restaurante.
Onde ficar em Knysna
Para a viagem de fevereiro de 2025, analisei dezenas de opções em Plettenberg Bay e Knysna. Ambas têm uma oferta muito grande de hospedagens no AirBnb.
Knysna – que pareceu ter preços melhores que Plett – venceu a disputa por causa de um AirBnb com vista para a lagoa. Nossa casa ficava entre a floresta e o centrinho, a um quarteirão da rua principal.
Cheguei a pesquisar alguns lugares perto das praias de Brenton e Buffalo Bay. Havia casas lindas, mas os preços eram mais salgados.
- AirBnb: Shades of Grey

Plettenberg Bay
“Plett” é uma cidade de praia com boa estrutura. Tanto que conta com filiais dos mercados Spar e Checkers. Por isso, eu a escolhi como base dos meus dias naquela região em 2015. De lá, pude sair para a ponte do bungee, Storms River, Tsitsikamma National Park e Knysna.
- Veja também: O post sobre Plettenberg Bay
O que fazer em Plettenberg Bay
Considerada um dos melhores lugares do mundo para salto de paraquedas, Plettenberg também tem uma famosa reserva, a Robberg Nature Reserve.
Na minha passagem por lá em 2015, curti o pôr do sol no Whale Viewpoint (basta entrar na Church St. e seguir as placas). Apesar do nome, nada de baleias. Lamentável. Só avistei dezenas de golfinhos.

Já na viagem de fevereiro de 2025, almocei em um restaurante na Central Beach. Gostei dessa praia e fiquei com vontade de voltar lá, mas não tive tempo. Por ali, também é possível alugar caiaques.
Além disso, a Central Beach é o ponto de partida de alguns passeios de barco, como o que tem snorkeling com lobos-marinhos-do-Cabo.
Elefantes e outros santuários
Dirigindo pela estrada N2 antes e depois das saídas para Plettenberg, você nota uma grande quantidade de santuários de animais. Há um dedicado a lobos, outro a aves de rapina, um de répteis…
O único que conheci é o Knysna Elephant Park, localizado a 10 minutos do centro de Plettenberg. Em 2025, estive lá pela terceira vez. A grande diferença para minha viagem de 2015: não é mais permitido tocar nos animais.
- KNYSNA ELEPHANT PARK: Aberto diariamente entre 9h e 16h. Entrada: 460 rand (adultos) e 285 rand (5 a 14 anos). Balde de frutas para alimentar os elefantes: 50 rand. Endereço: 41 Bowtie Dr, Plettenberg Bay.

Onde ficar em Plettenberg Bay
Minha primeira opção em Plettenberg é o Amakaya Backpackers, onde já me hospedei em duas oportunidades.
- AMAKAYA: Quartos a partir de 560 rand/noite (preço em abril/2025). Endereço: 15 Park Ln, Plettenberg Bay; site.
The Crags/Nature’s Valley
Com um perfil, digamos, mais natureza, The Crags fica depois de Plettenberg e perto da divisa das províncias de Western Cape e Eastern Cape. Junto com Storms River, é o lugar mais próximo da ponte do bungee jump – ambas ficam a cerca de 20 km da Bloukrans Bridge.
O que fazer em The Crags
Outra marca do lugar é a chance de ter contato com felinos, elefantes e outros animais em santuários. Os principais são Jukani Wildlife Sanctuary, Birds of Eden, Monkeyland, Elephant Sanctuary e Tenikwa Wildlife Awareness and Rehabilitation Centre. Não é minha praia, mas taí a informação. A estrada tem placas com indicações para eles.
Bungee jump (Bloukrans Bridge)
Atração mais conhecida da Garden Route, o bungee jump é realizado na Bloukrans Bridge. Trata-se da ponte mais alta do continente… por enquanto. Há outras duas maiores em construção na África do Sul.
A Bloukrans se localiza na divisa das províncias de Eastern Cape e Western Cape, a cerca de 30 km da cidade de Plettenberg Bay. Vale ressaltar que o lugar fica bem longe de Cape Town. São cerca de 550 km até a Cidade do Cabo. Por isso, é melhor encaixar a atividade no roteiro de uma viagem pela Garden Route.
- Veja também: O bungee jump na Bloukrans Bridge

Como chegar ao bungee jump
De carro ou com algum shuttle oferecido por hostels da Garden Route. Há quem faça um bate-volta, dirigindo de Cape Town à ponte, mas não recomendo.
Bungee jump na Garden Route: Hospedagem
Recomendo ficar em Storms River, The Crags, Plettenberg Bay, Knysna e, vá lá, Jeffreys Bay.
Reservas
Você pode reservar seu salto através do site oficial do bungee jump. Também dá pra organizar isso nas recepções dos hostels ou contratando tour de agências. O site GetYourGuide, parceiro do Bastante Sotaque, também oferece a opção de agendamento do salto na Bloukrans.
É possível ir no bungee sem fazer reservas, mas a empresa que opera os saltos recomenda o agendamento com, no mínimo, 48h de antecedência.
- BUNGEE JUMP: 1.690 rand. Agende pelo site do Bloukrans Bungy. Informações: site, book@bloukransbungy.com, info@bloukransbungy.com, +27 (0) 42 281 1458.
Tsitsikamma National Park
O parque Tsitsikamma é lar de uma das imagens mais famosas da Garden Route: as pontes suspensas sobre o rio Storms. Além delas, destaco a abundância por todo canto daquele lugar: é muito verde, são ondas quebrando com força nas pedras, é rio se encontrando com o mar. Acho terapêutico.
Estive lá três vezes. Na última, agora em fevereiro de 2025, ainda ganhei um brinde ao sair do parque. Consegui avistar um gavião capturando uma pequena cobra no lado da estrada, pouco depois da guarita. Tsitsikamma é espetáculo.

O que visitar no parque
Trilha de 900m do estacionamento até as pontes suspensas é a atração mais popular. No site da SAN Parks, você encontra informações sobre as outras trilhas, como a famosa Otter Trail.
Para quem tem disposição, recomendo os tours com caiaque subindo o rio Storms. Eles são operados pela Untouched Adventures. Numa próxima vez no Tsitsikamma, irei só para esse passeio.

Estrutura
Há uma lojinha de souvenirs ao lado do estacionamento. Já o restaurante está funcionando com uma estrutura temporária perto do gramado. O local original foi destruído por um incêndio há alguns anos e está sendo reconstruído.
Nessa viagem de 2025, senti falta de banheiros. Algo que faz falta para quem pega estrada.
Hospedagem
O parque conta com um amplo espaço para camping e trailers, além de chalés. É preciso reservar pelo site da SAN Parks.
- TSITSIKAMMA NATIONAL PARK: O valor da entrada é de 326 rand para adultos e 163 rand para quem tem entre 2 e 11 anos.
Storms River
Na minha jornada rumo a Cape Town em 2014, optei por parar em Storms River para pular no bungee jump. Uma das razões foi o ótimo suporte do Tube N Axe, respondendo bem e rápido às minhas dúvidas antes da viagem.
O que fazer em Storms River
Enquanto caminhava de volta para o hostel, após o almoço, me surpreendi com um grupo andando de Segway, aquele patinete popular entre seguranças. Havia tours pelo meio da floresta.
Fora daquele centrinho, ainda há atrações como o Tsitsikamma Zipline e o Tsitsikamma National Park, onde ficam as famosas pontes suspensas do rio Storms e há o passeio de caiaque & lilo.
Storms River é isso: pouco movimento na rua, lodges e programas de aventura. Ótimo para uma passagem bem rápida se você estiver sozinho na Garden Route, e interessante para casais passarem o fim de semana.

Onde comer em Storms River
Quando passei por lá em 2014 e 2025, o Marylin’s parecia ser a única opção para comer. É um restaurante retrô, que remete às lanchonetes americanas dos anos 50/60.
Onde ficar em Storms River
O Tube N Axe vai na contramão do ambiente roots de Crags. Camas confortáveis, banheiros limpos e transporte para as atrações de aventura, como o tubing e o bungee jump.
- TUBE N AXE: Quartos coletivos a partir de 260 rand/noite (preço em abril/2025). Endereço: 85 Darnell St, Storms River; site.
Veja também:
- O bungee jump na Bloukrans Bridge
- O que fazer em Storms River
- Onde se hospedar em Storms River: Tube n Axe
Jeffreys Bay
Todo mundo associa Jeffreys Bay ao surf, mas é possível passar dias agradáveis na cidade até sem entrar no mar.
O que fazer em Jeffreys Bay
Surf, sandboard, passeio de cavalo, visita a uma township, zipline na cachoeira. O “meu” hostel, Island Vibe, oferece todas essas atividades.
O que eu recomendo é acordar cedo e apreciar o nascer do sol. Há grandes chances de você avistar golfinhos.
Para quem gosta de fazer compras, vale a pena dar uma olhada nas lojas de outlet de marcas como Billabong, Quiksilver e Rip Curl. Elas ficam no final da Da Gama Road.
- Veja também: Jeffreys Bay: dicas de onde ficar e o que fazer

Onde comer em Jeffreys Bay
Na dúvida, vá até o complexo Time Square, que fica de frente para a praia. Nele e nos arredores, você encontra diversos restaurantes, como Ocean Basket, The Greek e Little Sicily – que funciona onde ficava o meu favorito, Catch of the Day.
A poucos metros dali, fica o Kitchen Windows, um dos mais famosos da cidade.
Onde ficar em Jeffreys Bay
Minha primeira opção é o Island Vibe. Geralmente, quem tem saudades de Jeffreys Bay se hospedou lá. Embora não tenha passado pela cidade na Garden Route de 2025, cheguei a olhar alguns AirBnbs antes da viagem e encontrei boas opções.
- ISLAND VIBE: Quartos coletivos a partir de 200 rand (em abril/2025). Endereço: 10 Dageraad Street; site.

Gqeberha (ex-Port Elizabeth)
Assim como Jeffreys Bay, não faz parte da Garden Route, mas costuma aparecer no roteiro dos brasileiros. Para quem está de Baz Bus, Gqeberha/Port Elizabeth é uma parada obrigatória. Literalmente. Você tem que passar a noite em um hostel da cidade antes de a viagem continuar pela manhã. Em 2014, dormi lá e optei por passar um dia inteiro, descansando da estrada, antes de seguir para Jeffreys Bay.

Aeroporto de Port Elizabeth/Gqeberha
Esse aeroporto pode servir para quem quer começar ou terminar a Garden Route por aquela parte do país.
Passei por lá em 2015, quando voei de Joanesburgo para Gqeberha/Port Elizabeth, onde retirei o carro que aluguei. É um aeroporto pequeno e funcional. Não é difícil achar a área das locadoras. De lá, parti direto para Jeffreys Bay.
- Veja também: O que fazer em Gqeberha/Port Elizabeth
O que fazer em Gqeberha/Port Elizabeth
Na minha passagem por lá em 2014, até que fiz bastante coisa para um dia, e em uma cidade na qual achava que não havia nada para fazer.
- SANCCOB, um centro de reabilitação de pinguins. Bom para matar algumas horas antes da abertura dos bares. Entrada: 75 rand (adultos) e 30 rand (até 12 anos). Tours entre 9h e 15:30. É possível agendar a visita pelo e-mail sim@sanccob.co.za. Endereço: Cape Recife Nature Reserve, Marine Drive. Site.

- Visitar o estádio Nelson Mandela Bay, palco da eliminação do Brasil na Copa de 2010. Os tours guiados são realizados às segundas, quartas e sextas, entre 11h e 15h. Reservas pelo telefone 041 408 8900. Endereço: 70 Prince Alfred Rd, North End, Gqeberha. Site oficial.
- Donkin Reserve: A praça abriga a maior bandeira do país, um farol e um tributo do ex-governador e fundador da cidade, Sir Rufane, a tal Elizabeth, sua falecida esposa. Lá também fica a escultura “Fila de Votação”, que representa a democracia e retrata Nelson Mandela e o povo sul-africano.

- Beershack: Bar em frente à praia, perto do McDonalds. Boa variedade de cervejas e ótima pizza.
- King’s Beach: Onde finalmente mergulhei nas águas do Índico.
- Boardwalk: O pós-praia foi num café do shopping Boardwalk, que tem até cassino.

Safári
A principal opção de safári nos arredores de Port Elizabeth é o Addo Elephant Park. Algumas agências fazem até um combinado incluindo esse parque e a reserva Schotia.
Onde ficar em Port Elizabeth/Gqeberha
Fiquei hospedado no Lungile e, caso volte para Port Elizabeth, dificilmente me hospedaria em outro lugar. Foi uma grata surpresa após tantos albergues “pé na areia” e party hostels na viagem de 2014. De longe, o mais confortável de toda a Garden Route daquele ano.
- LUNGILE: Quartos a partir de 260 rand (preço em abril/2025). Endereço: 12 La Roche Drive. Humewood, Gqeberha. Site.
Serviço
Aluguel de carros
Para quem pensa em alugar um veículo na África do Sul, uma opção é aproveitar a parceria do Bastante Sotaque com a Rentcars. Para reservar, basta clicar aqui.
Em três viagens, usei a CNH brasileira. Cheguei até a ser parado numa blitz na estrada, perto de Plettenberg Bay, e foi tudo bem. Já em 2024, fiz uma Permissão Internacional para Dirigir (PID) para evitar a fadiga.
Baz Bus
O serviço de hop-on hop-off vai de hostel em hostel, sendo uma forma cômoda de se viajar pelo país. É mais caro, porém, imbatível em sociabilidade. Ideal para mochilões. Veja mais detalhes no site oficial.
Ônibus
Entre as principais empresas que operam viagens nos chamados ônibus “coach” pela África do Sul estão Intercape e Citiliner. As passagens podem ser compradas nas rodoviárias e em algumas redes de supermercados e hipermercados como a Checkers.
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Guia da África do Sul

As livrarias brasileiras não oferecem muitas opções de guias daquele país. Por isso, sugiro o Guia da África do Sul do Se Lança Blog, que é uma das minhas referências de conteúdo em português sobre aquele destino.
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Oi pessoal..
Quem me indicou o blog foi o Adriano D’Arienzo.. e super amei hein?! Que blog massa!
Estou indo para Cape Town em Setembro e terei livre 4 dias (quinta e domingo) para fazer a Garden Route.
Quais cidades destas você indica? O que vale muito a pena fazer.
Sei que o tempo é curto e terei que fazer uma parte dela.. quase um bate e volta será.
Você consegue me ajudar?
Que legal, Morgana! O Adriano é craque, sabe tudo e mais um pouco de África do Sul, mas conte comigo no que puder ajudar! hahah
Eu não sei o perfil da viagem que você pretende fazer, mas acho interessante fazer de Plettenberg sua base. Ali, você não fica tão longe de lugares como a ponte do bungee, os santuários de animais, Tsitsikamma National Park e Knysna (gosto da gastronomia de lá).
Pra praticar esportes ou atividades como zipline e tubing, podem ser opções Knysna, Sedgefield e Storms River, além do kayak & lilo do parque de Tsitsikamma.
Em termos de praia, tem o Nature’s Valley/The Crags (perto de Plettenberg), Wilderness, Sedgefield.