Onde comer em Knysna: 34 South, a casa das ostras

O restaurante 34 South, em Knysna, estava minha lista. Além de corresponder às expectativas, me marcou por ser o lugar no qual comi ostras pela primeira vez na vida.

Boa parte dos bons restaurantes de Knysna estão no Waterfront, um shopping a céu aberto na beira da lagoa. E o 34 South foi o lugar no qual jantei durante minha passagem pela cidade em 2015.

Tutorial de ostra

Até então, eu não havia comido ostras na vida. Inicialmente, meu objetivo era ficar só no prato “normal” mesmo. No entanto, a experiência naquele restaurante foi tão positiva, que acabei me animando a provar algo novo.

Depois de comer um calamari com fritas, senti que aquele era o dia. Perguntei pra Amanda – que também nunca comera ostras – se toparia experimentar comigo. Com uma companhia garantida para embarcar naquilo, chamei o garçom e pedi um tutorial.

“Cara, não sei nada sobre ostras. Queremos experimentar uma. Como se come isso?”, perguntei.

O garçom, muito atencioso e paciente, nos explicou tudo. Disse que elas são servidas logo depois de tiradas da água, e devem ser comidas ainda vivas. E que era só descolar com o garfo, tacar limão e, SCHLUPT!, matar tudo de uma vez só.

Pedi duas: uma pra mim, outra pra ela. Acho que cada uma custava 10 rand.

Só ficou difícil saber se gostei ou não. Exagerei no limão, e só senti o gosto dele. Porém, fiquei feliz por ter experimentado algo novo. Um pequeno prato para um ser humano, mas um grande passo para um filho único criado com Nescau e requeijão.

O jantar

A ostra foi o último prato. Àquela altura, já estava satisfeito. Havia matado a fome com um prato de calamaris da Patagônia.

Antes de escolher o que comeria, perguntei a diferença desses calamaris para os outros. O garçom me explicou que tinham um tamanho maior.

Pra ser sincero, achei bem pequenos, mas o prato, acompanhado de fritas e um molho de queijo à parte, teve competência para matar minha fome.

Chamados de Grilled Calamari Tubes no cardápio, eles são fritos no azeite e bem saborosos. O preço, 155 rand, está acima do que se costuma pagar na África do Sul. Entretanto, não sei se encontro algo similar no Brasil por R$ 34.

Já a minha companhia pediu Quayside Prawns: 16 camarões + batata frita. Ele ainda vinha com 3 molhos à parte: peri-peri, um com alho e outro com ervas.

Quanto ao preço, vale a opinião que dei sobre os calamaris. Os 148 rand estão mais salgados que o normal, mas não comeria tanto (e tão bem), no Brasil, pagando R$ 32.

Atendimento

Além de dar show na explicação das ostras, o nosso garçom mostrou estar bem atento. Ao perceber a cagada que estávamos fazendo ao comer os camarões com as mãos, trouxe uma vasilha com água morna e limão.

A ostra de Knysna

“A casa da ostra de Knysna”. O 34 South faz um barulho danado com isso. O motivo é a espécie selvagem que eles servem. É colhida apenas entre o Cabo das Agulhas e a região do Transkei, na Costa Leste. Áreas com latitude 34. Daí, o nome do restaurante.

Seu diferencial está no aspecto mais brilhante, além da crosta bem irregular.

No site do 34 South, aliás, há uma explicação detalhada sobre as ostras. Eles relatam a sua importância para o “desenvolvimento do cérebro humano moderno”. Mérito da quantidade de Ômega-3 presente nelas.

“Pesquisadores do Mossel Bay Archaeology Project descobriram que frutos do mar foram colhidos de forma sistemática, pela primeira vez, na região do paralelo 34 há 165 mil anos”, explicou o restaurante.

Como chegar

O 34 South fica no Knysna Waterfront, na beira da lagoa e não muito longe da estrada N2, a principal da Garden Route.

Se você for com carro, há um amplo estacionamento.

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