A viagem de 2014 pela África do Sul foi a mais longa que fiz até então. Veja como montei o roteiro de 30 dias que foi de Joanesburgo a Cape Town, e o que mudei durante aquelas semanas.
Antes, uma observação fundamental: apesar de todas as cores e detalhes da planilha, ela era apenas uma base. Eu estava pronto para mudanças no roteiro e decisões rápidas. Imprevistos acontecem, e há aqueles casos em que você não morre de amores por uma cidade.
OBJETIVOS
Depois de comprar as passagens, estabeleci alguns objetivos, e fiz minhas escolhas ao redor deles. Em relação a destinos, queria dar uma chance para Joanesburgo, ir no Kruger National Park e ver qual era a de Durban, já que ela parecia meio esquecida nos roteiros.
Sobre atividades, eis a lista: swing no estádio de Durban, bungee na Bloukrans Bridge e show do Foo Fighters. O resto, veria no caminho.
O melhor ficou para o final: Cape Town. A jornada rumo à cidade que eu amo foi interessante e o reencontro, bem emotivo, mostrou que a Mother City é, sim, mais especial que as outras para mim.
JOANESBURGO E KRUGER
EXPECTATIVA: Naquele início do roteiro, queria fazer a parte de cima do país: Joanesburgo e Kruger. Antes do embarque para a África do Sul, já aconteceu a primeira mudança. Antecipei de domingo para sábado a ida de Joburg para Durban, pois havia um jogo da seleção de futebol por lá.
REALIDADE: Foi tudo como o previsto. Kruger fantástico, Joburg sendo só uma parada rápida para dormir (duas vezes). A “Cidade do Ouro” acabou ficando para uma próxima.
DURBAN
EXPECTATIVA: Entrar no mar e ver se a água era, de fato, quente; Ir ao jogo; pular do alto do estádio. E conhecer o que fosse possível da cidade.
REALIDADE: A ideia era ficar por três noites, mas o estado de “já deu” foi decretado no segundo dia. Antecipei minha ida para a Wild Coast.
WILD COAST
EXPECTATIVA: Já no litoral, seguiria viagem de Baz Bus para a Wild Coast, fazendo Port St. Johns, Bulungula, Chintsa e Coffee Bay. Porém, para curtir direito e não viver na estrada, optei só pela última. Cheguei a reservar o hostel Amapondo de PSJ, mas cancelei.

REALIDADE: Fiz minha reserva ainda em Durban, com os caras do hostel Tekweni me ajudando. Entre as acomodações de Coffee Bay, o Coffee Shack estava lotado. Só sobrara o Sugarloaf.
Fui de ônibus (mais barato que o Baz Bus naquele trecho) para a cidade de Mthatha, ponto de encontro para vans de hóspedes da Wild Coast.
Entretanto, o Sugarloaf me deixou na mão: me ligaram dizendo que não havia mais lugar para mim na van.
Decidi ligar para o hostel de Port St. Johns – o mesmo que eu cancelara – e acabei sendo muito feliz por lá.
Depois, ainda acabei passando rapidamente por Coffee Bay, mas hospedado no Coffee Shack. No entanto, não curti e vazei no dia seguinte. Segue o jogo.
PORT ELIZABETH
EXPECTATIVA: A próxima etapa seria Port Elizabeth, parada obrigatória do Baz Bus para o pernoite. Poderia partir às 6h da manhã, mas optei por ficar mais um dia, conhecendo a cidade e descansando. A viagem entre Coffee Bay e PE seria longa. Estava preparado para o tédio.
REALIDADE: Superou! Explorei a cidade com uma amiga alemã que conheci no Baz Bus. Foi um acerto dar uma segunda chance a Port Elizabeth.
JEFFREYS BAY
EXPECTATIVA: Para o último fim de semana antes de Cape Town, escolhi Jeffreys Bay, mesmo sem conseguir reservar o Island Vibe antes do embarque para a África do Sul. Planejei ficar mais tempo por lá, pois queria relaxar. Praia, praia, praia. Areia, areia, areia.
REALIDADE: Eu havia comprado meu ticket de Baz Bus em Coffee Bay, e a moça da recepção do Coffee Shack organizou tudo pra mim. Graças a ela, consegui o Island Vibe. Assim como em PSJ, a realidade deu de 7 a 1 na expectativa. Dias incríveis.
STORMS RIVER E HERMANUS
EXPECTATIVA: Só duas paradas me separavam de Cape Town naquela semana. Storms River, onde fiquei só pelo bungee jump, e Hermanus, minha base para o mergulho com tubarões.
Quarta à noite: chegada no Hermanus Backpackers após horas e horas de estrada.
Quinta de manhã: shark diving na vizinha Gansbaai.
Sexta à noite: Baz Bus para Cape Town.
REALIDADE: Foi tudo conforme o previsto em Storms River. Vim, pulei, venci. Já em Hermanus aconteceu uma das mudanças mais dramáticas do roteiro.
Na interminável viagem de quase 10h de Baz Bus, amadureceu a ideia de que eu perderia muito tempo na cidade seguinte. Estava ansioso pelo reencontro com Cape Town e considerava alugar um carro após o mergulho, chegando na Mother City quinta à noite.
Além disso, não teria prejuízo no albergue, pois a segunda noite era grátis. Um benefício por ter feito a reserva do shark diving através deles.
Em toda a viagem, o mergulho era a única coisa que eu havia reservado ainda no Brasil. É óbvio que não daria certo. E não deu.
Soube do cancelamento durante o check-in no Hermanus Backpackers. Foi a senha para acordar na manhã seguinte, alugar um carro e chegar em Cape Town na hora do almoço de quinta-feira, 36 horas antes do previsto.
CAPE TOWN
EXPECTATIVA: Passar 13 dias na Mother City, alugar um carro, dar prioridade a lugares ainda inéditos para mim.
REALIDADE: Foi um acerto alugar um carro. Deu pra ir tranquilamente para lugares como Stellenbosch, Paarl e a praia de Blouberg.
Os 13 dias do roteiro viraram 14 e, ainda assim, foi pouco.
O show do Foo Fighters na minha última noite encerrou com chave de bronze aquela viagem fantástica.
Brow.
Mtu legal seu roteiro e relato!
Uma ducida, o seu safari pelo kruger vc pode falar como fechou? Se foi daqui antes, quanto foi e por qual site?
Obrigado!
Abraço.
Fiz tudo ainda no Brasil, pelo site http://safari.com/kruger-national-park
Na época, o pacote 3 dias/2 noites saiu por 7.400 rand. Pagos à vista, porque fiz muito em cima da hora.
Tem mais detalhes nesse post: http://bastantesotaque.com/safari-africa-sul-kruger-1/
Abs!
Como você foi de Joanesburgo para Durban?
Minha viagem vai começar e terminar em Cape Town.
Gostaria de ir até Durban, se fosse possível, mas de carro parece meio longe e de avião é muito fora do meu orçamento.
Tens alguma sugestão? Onibus ou outro meio de transporte..
Obrigada desde já!
Anna, fui de avião mesmo. Comprei a passagem da Mango aproveitando uns pontos que eu tinha no Voyager, o programa de milhas da SAA.
Fora carro e avião, as opções são Baz Bus e ônibus convencionais, como os das empresas Greyhound, Citiliner e Intercape.
Qual foi o custo total da viagem ???
Foram muitos imprevistos, acabei não calculando.
Boa tarde! Estou indo pra Africa do Sul em fevereiro de 2020 (Carnaval), ficando por 15 dias no país. Gostaria de saber se vale a pena ir até Durban, seus relatos não me pareceram muito animadores, ou se valeria mais a pena ficar uns 5 dias em Joanesburgo e o restante na Cidade do Cabo. Vou viajar sozinho e procuro atividades radicais e vida noturna agitada. Obrigado!
No seu caso, é melhor passar esses dias na Cidade do Cabo.