Chegando em Durban: o que fazer na cidade

Durban sempre foi uma prioridade no roteiro da minha viagem. Por ficar bem longe da Garden Route, não conhecia ninguém que tinha viajado até lá. Eu tinha tempo, então, por que não arriscar?


Planejei, inicialmente, ficar umas três noites na cidade. Nesse tempo, pretendia conhecê-la com calma, mergulhar nas águas quentes do Índico (“parece uma banheira”, segundo meu amigo Joe Crann) e pular do swing do estádio Moses Mabhida.

Não vou dizer que amei o lugar, mas as pessoas que conheci no hostel, o jogo de futebol entre África do Sul e Sudão e o salto no swing do estádio colaboraram para que aqueles dias fossem bons.

Mudanças de planos

Os planos para Durban mudaram ainda no Brasil. Marcado inicialmente para Nelspruit, o jogo da seleção de futebol havia sido transferido para a cidade. A data? O sábado, 15 de novembro, um dia antes da minha chegada.

Futebol é sempre uma prioridade nas minhas viagens e eu me sentiria frustrado por perder a partida por uma questão de horas.

Aí, o quarto árbitro levantou a placa anunciando a alteração.

Sai: Viagem Joanesburgo-Durban, de Baz Bus, no domingo.

Entra: Viagem Joanesburgo-Durban, de avião, na manhã de sábado. Sacrifiquei o dia reservado pra conhecer Joburg.

Voando para Durban com a Mango

Voando para Durban com a Mango Airlines

Como o jogo estava marcado para a tarde, saí cedo de Joanesburgo em um voo da simpática Mango. A passagem custou 1090,40 rand (incluindo todas as taxas), cerca de R$ 270, e a viagem durou por volta de 1 hora.

O aeroporto King Shaka é novo, moderno e todo certinho. Tem algumas lojas, uma honesta praça de alimentação e um bom suporte para turistas que procuram informações.

Ele fica em La Mercy (a 35 km de Durban) e, para a alegria dos viajantes, é bem servido de vans. Saindo do saguão e virando à direita, você encontra o ponto de onde elas partem a cada 45 minutos. Custou 80 rand e me deixaram na porta do hostel.

Pela duração, 50 minutos, o trajeto lembra o do Airport Bus Service entre Guarulhos e Congonhas. A paisagem que é bem diferente. A van passa pela costa e as praias são um bom cartão de visita.

Primeiras impressões

Durban estava mesmo disposta a me agradar naquele contato inicial. A paisagem na estrada era interessante e o estádio Moses Mabhida me impressionou mesmo de longe.

As praias e, principalmente, o vento forçavam uma comparação com Cape Town. A van parava no sinal e sacudia bastante. Surreal.

Já na primeira ida ao mercado, vi que os rótulos dos produtos como desodorante e biscoito tinham informações em português. É só uma parte da curiosa muvuca que vi naquela cidade. A maior mistura de etnias e religiões entre os lugares pelos quais já passei. Desde o voo notei isso.

Comendo em Durban

Desconforto pode ser uma boa palavra pra resumir meus dias em Durban. As coisas demoraram a ficar legais. O tempo ruim impediu a praia e não era tão fácil andar pela cidade sem ser de táxi.

Minha primeira missão foi almoçar no caminho para o jogo da África do Sul no Moses Mabhida. O cara da recepção disse que era fácil chegar à pé. Tentei e me perdi. Parei num shopping e só vi fast food, coisa pesada. Saí, andei numas ruas estranhas e voltei. Fui de Galito’s mesmo. É uma espécie de KFC.

À noite, mais frango. KFC da Florida Road. Na manhã seguinte, voltei lá para tomar café da manhã. Chicken Mayo com batata frita. Pesado.

Onde comer em Durban
Almoçando antes de ir para o estádio.

A noite em Durban

Achei o clima no hostel meio hostil, difícil pra socializar. Os grupinhos não se misturavam e estava ruim até pra puxar conversa no balcão do bar.

Uma das exceções era Stefan, um francês que está viajando pelo mundo. Gente boa demais, cheio das histórias. Já eram quase 22h e estávamos bebendo cerveja em uma mesa quando, do nada, um quarteto de americanas sentou-se conosco.

Deu samba. Elas moravam em Port Elizabeth e uma contou que tinha chorado com o 7 a 1. Outra curtiu minha camisa da Dundler Mifflin. Em menos de uma hora, todo mundo estava na balada Tiger Tiger, localizada atrás do estádio Moses Mabhida. Ela não é tão boa quanto a de Cape Town, mas consegui me divertir.

Noite em Durban

Pelo que vi, outras opções à noite são os bares da Florida Road (para os taxistas, “Florída”), o cassino e uma outra balada mais distante.

Rapidinhas

– Sempre é bom ter o telefone de uma empresa de táxis. Anote aí o da Eagle Taxis: 031 337 8333.

– Se estiver com um carro alugado, vale a pena conhecer as praias próximas de Durban. Vi algumas espetaculares mais ao sul, quando deixei a cidade de ônibus.

– Outra boa pedida é o salto no swing do Oribi Gorge, também para o sul, a cerca de 1h de carro. Caso eu volte a Durban, será prioridade.

– Pode ser culpa dos três anos longe da África do Sul, mas achei o inglês falado em Durban mais difícil de entender. Não sei se a influência zulu na cidade tem algo a ver. Sorte que as pessoas eram pacientes e repetiam a cada “pardon?” ou “sorry?”.

Veja também:

Dica de hospedagem em Durban: Tekweni Backpackers

VÍDEO: 30 Dias na África do Sul: Joanesburgo e Durban

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