Os sotaques da África do Sul na visão de quem estudou inglês em Cape Town

O inglês falado na África do Sul e os seus sotaques têm sido o assunto mais recorrente entre as mensagens que recebo via inbox ou e-mail. Para ajudar a responder à principal dúvida de quem está indo para o outro lado do Atlântico, colhi depoimentos de amigos que também fizeram intercâmbio.

Começando pela Jéssica, que não teve problemas com o idioma em 2012 e, certamente, deixa cair uma lágrima quando ouve um “thirtyrrand, ma frrrriend”. Apaixonada por aquele país, ela me contou que, antes de viajar para Cape Town, procurou se inteirar sobre os sotaques sul-africanos e as gírias.

“Bom, minha experiência foi a melhor possível com o inglês. Quando fui pra lá, procurei saber como era o sotaque. Cheguei a olhar vídeos de pessoas com o sotaque forte de lá”, disse.

“Também procurei saber sobre as gírias tipo howzit, lekker, bokkie. Cheguei preparada. Mas, quando estava na minha família e na escola, todos falavam o mais puro sotaque britânico, sem puxar ‘r’, sem usar gírias, ou seja, foi mais fácil do que eu esperava”, acrescentou.

Para a Jéssica, o treino funcionou perfeitamente: “Nas ruas eu ouvia o sotaque que esperava ouvir. Tipo ‘thirty-two rrrrand, my frrrriend, thanks drrrriver’. Mas como na escola, aprendi sem sotaque… O que fez mil vezes mais fácil aprender o inglês lá!”.

Já a Silvana chegou na Mother City em dezembro de 2011 e disse que levou um tempo para se acostumar com os vários sotaques que encontrava na rua.

“Cada um tinha um inglês bem diferente do outro, mas depois fui me familiarizando”, contou.

“Também tive que me adaptar ao inglês britânico, pois, até então, aprendia o americano. No avião, a comissária não entendia quando eu pedia água”, completou.

Apesar da dificuldade no início, a Silvana elogiou o curso da EC – o mesmo que fiz.

“Foi onde consegui falar mais e entender mais. Sempre entrava em escolas aqui no Brasil, fazia por alguns meses. Porém, esse mês que fiquei na África valeu mais que todos os outros cursos”, afirmou.

Ela ainda disse que se arrepende um pouquinho de ter ficado apenas um mês em Cape Town:

“Teria que ser no mínimo 6 semanas. Se não tivesse que voltar, faria uma grande diferença estudar por mais duas semanas”.

O meu caso

Já a minha experiência foi muito positiva. Dominava o idioma, mas queria afiná-lo, pegar mais fluência naqueles dois meses.

As aulas garantiram uma melhora absurda na minha pronúncia. Combinando com a prática fora da escola, posso dizer que cheguei num nível bem satisfatório.

No início, erramos, gaguejamos, nos enrolamos. Se você continuar praticando, o inglês vai sair naturalmente e dá até pra pegar as manhas pra entender os sotaques sul-africanos.

Veja também:

A África do Sul para iniciantes: Dicas básicas de viagem

Dicas de Joanesburgo: Chegando no aeroporto

14 comentários

  1. Eu tô super agoniada com medo de não conseguir colocar meu inglês ‘pra fora’ kkkkkkkkk
    Eu já estudei alguns anos aqui no Brasil, mas sempre fico travada na hora de falar.
    Você tem algum glossário? Tipo: as comidas com nomes africanos, as gírias, essas coisas…
    Obrigada mais uma vez!

    • Relaxa, Lorena! Vai dar tudo certo!
      Não tenho glossário, é uma boa ideia pra um futuro post. Acho que dá pra encontrar algo no Google.
      Um conselho de ansioso pra ansiosa: tenta ir pra lá sem “pensar em tudo”. No pré-viagem, só cuide dos documentos (passaporte, certificado de vacina). Senão, vai surgir uma preocupação nova a cada dia. Palavra de quem foi parar no médico na véspera do embarque.
      Não sei se já falei isso, mas vai dar tudo certo! 😀

    • Oi Lorena,
      você ira para a Africa? consegue me passar as informações de escolas e valores? Acredito que tenha pesquisado muito e tem muita informação a compartilhar.

  2. Muito obrigado pelas informações. Estou buscando outras possibilidades de intercambio, e vi que na Africa do Sul é em disparado o melhor custo beneficio. Pois bem, gostaria do auxilio de vocês, pois já estava fechando um pacote para Irlanda, e agora esta grande duvida CustoXbeneficio. Poderiam me indicar escolas lá, ou agencias aqui no Brasil, e qualquer informação possível.
    Desde já, agradeço.

    • Cara, as principais escolas são EC, LAL, IH, EF e Good Hope (que tem uma sede no Centro e outra pelos lados de Newlands).
      Quanto às agências, existem muitas, como CI e IE. Vale a pena dar uma buscada no Google e ver se elas atuam na sua cidade.

  3. Estou preocupado, pois estou indo a Cape town semana que vem ficar 9 dias inteiros e não resolvi nada ainda. Só a hospedagem. Seguirei as dicas desse blog. Será que em 9 dias dá para conhecer tudo tranquilo e sem pressa?

    • Se serve de consolo, nunca vai dar tempo de conhecer tudo. É uma cidade com MUITAS opções. Por isso, muita gente acaba voltando mais vezes!
      Mas dá pra ver e conhecer bastante coisa nesse tempo. Abs

  4. Olá Pedro,
    Gostei bastante do site, tirando bastante dicas daqui!
    Estou indo pra Cape Town ficar 4 meses e gostaria de saber se é preciso andar com passaporte/visto o tempo todo? Tenho um pouco de receio de ser assaltada, não sei se pode andar com alguma copia autenticada feita lá.

    • Oi, Fernanda!
      Durante meu intercâmbio, o passaporte ficou o tempo todo no cofre do meu quarto. Saía com uma xerox mesmo.
      Nas outras viagens, só saí com ele nas vezes em que aluguei carro e dirigi.

  5. Boa tarde,

    Vou ficar em Cape Town por duas semanas e estou preocupado se vou conseguir colocar o meu inglês pra fora e também,preocupado com o meu listening se vou conseguir entender os diversos sotaques de Cape Town.

    Mas tenho uma pergunta pra vocês, será que duas semanas vai me ajudar a turbinar o meu inglês?

  6. Olá! Pretendo fazer um intercambio de mes de ingles pra me preparar pra um semestre em uma universidade do exterior. Você acha que valeria a pena ir pra cidade do cabo pensando NO INGLES?? Como a ideia é só aprimorar o ingles, entao tenho medo de deixar de escolher estados unidos pelo preço, mas no fim acabar saindo mais caro.

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