Creio que o fato de os ítens “pró” serem maioria, e o desejo de voltar aqui num futuro próximo, dizem muito sobre o que penso sobre esta viagem.
PRÓS
Custo de vida
Esse assunto vai muito além do fato de o Kit Kat custar R$ 1. A maioria dos produtos e serviços nesse país tem um custo muito baixo quando comparamos com o Brasil. É possível jantar num ótimo restaurante por menos de R$ 50. Almocei algumas vezes numa pizzaria em que o combo (com massa pan!) com refrigerante saía a R$ 6. Além disso, com R$ 100, é possível sair com uma sacola cheia de boas compras num shopping. A gasolina também não é cara, assim como os carros. Pois é… Obrigado, Plano Real…
“Beleza! Beleza!! Beleza!!!”
É difícil comparar Cape Town com outra cidade quando tentamos defini-la. Lembra muito cidades como Rio, Niterói, Miami, Los Angeles, Nova York, Campos do Jordão… Lembra um pouco de vários lugares. Apenas lembra. É um lugar único, bem diversificado.
Eu fico admirado especialmente com a forma das rochas. Parece que foram esculpidas ou montadas como Lego. E a visão no caminho pra Camps Bay, quando aquele mar gigante surge, do nada, após uma curva pra esquerda? E o pôr-do-sol em Sea Point? Os paredões de pedra que te cercam na trilha da Table Mountain? O jardim botânico em Kirstenbosch, que vai subindo a montanha, é um absurdo. Hout Bay, Clifton, Cape Town Stadium. As casinhas coloridas da rua Chiappini, em Bo-Kaap. São muitos lugares bonitos e diferentes nessa cidade, todos próximos um do outro.
Atrações turísticas
Outro fato fantástico a respeito de Cape Town é a quantidade e variedade de atrações turísticas relevantes num curto espaço. Dentro da cidade, há a Table Mountain, Lion’s Head, Kirstenbosch, Camps Bay, o mercado de Woodstock, Cape Town Stadium. E não muito longe, é possível ver baleias, mergulhar com tubarão, fazer skydiving. Há também safáris próximos. Meu guia de viagem (“Fodor’s”, bem útil) estava certo ao dizer que, se o turista tiver que escolher uma cidade na África do Sul, que seja Cape Town.
Aeroporto
O aeroporto de Cape Town é impecável. Estacionamento gigante, estação de ônibus com atendimento de primeira. Perfeito. E o de Johanesburgo é um absurdo. Muitas lojas, uma grande praça de alimentação e elevadores que funcionam. Alô, Galeão!
Estradas
Durante a Garden Route, fiquei impressionado com a ausência de buracos na pista. Pensava: “Centenas de quilômetros de asfalto perfeito? Nenhum buraco? Isso existe mesmo?”.
Era impressionante, até em fins de mundo a sinalização e o asfalto estavam impecáveis. E sem remendos, vale lembrar.
Gastronomia
Em Cape Town, é possível passar pelo menos dois meses sem repetir restaurantes. Não fui tão radical, mas nunca comi nos mesmos lugares em dias seguidos. Comida italiana, turca, etíope, alemã, belga, portuguesa… Tem de tudo, em toda parte.
E é impossível falar de gastronomia nessa cidade sem mencionar o Neighbour Goods Market, em Woodstock, assunto de um dos meus primeiros posts. É uma síntese da cidade, com toda sua variedade e qualidade de comida. Neste sábado, me despedi desse local e, olha, foi triste, viu?
Carros
Você sai na rua e perde a conta de carros de luxo e superesportivos que passam. Audi TT, Ferrari, Porsche, Maserati… BMW série 1 é que nem Fiat Uno por aqui, tem em toda esquina. Sem falar nas concessionárias de marcas como Aston Martin, Lamborghini e Ferrari. Quem gosta de carros, fica satisfeito com o que vê em Cape Town.
Brasiiiil, lalalalá, lalalalá…
Do motorista do minubus ao vendedor da Greenmarket Square. Os caras tem uma habilidade impressionante para descobrir que você é brasileiro, mesmo sem falar nada. Felizmente, nosso país é muito querido por aqui. O futebol é o carro-chefe dessa admiração, mas balconistas, garçons e taxistas se derretem em elogios ao Brasil como um todo.
Meu sonho gastronomico é ir no Neighbour Goods Market. Tenho dito!