Dicas da África do Sul: O que fazer em Jeffreys Bay

O que fazer em Jeffreys Bay se você não pega onda? Várias coisas. Até mesmo nada. J-Bay é uma cidade pequena, com bons restaurantes e um ritmo bem diferente das grandes cidades sul-africanas.

Quem curte lugares calmos, quase parados, vai se sentir à vontade em Jeffreys Bay

(post atualizado em 8/3/2019)

  • Jeffreys Bay não faz parte da Garden Route, mas é comum encaixá-la nessa trip
  • O pólo gastronômico na altura do Time Square tem boas opções
  • Preços do famoso outlet da Billabong não são tããão baixos assim

Mesmo se você não estiver por dentro do mundo das ondas, pode ter ouvido falar em Jeffreys Bay. A cidade é palco de uma das etapas do Mundial de surfe, que tem sido marcada por aparições de tubarões. Todavia, não se assuste com as notícias se o lugar estiver nos seus planos.

Além de templo do esporte, J-Bay é um lugar com ritmo de interiorzão. Poucos táxis, comércio que fecha cedo e cruzamentos sem sinais – sempre pare e espere sua vez de seguir.

Quanto às atividades, o menu não apresenta temas variados. Fica basicamente entre praticar esportes, ouvir as ondas, comer, comprar nos outlets e nada fazer. Se você foge de correria, esse é o lugar.

Veja também:

O guia da Garden Route: O que fazer e onde ficar

Praia

Um tubarão-branco vagando perto de surfistas profissionais é algo que atrai audiência e cliques aos sites de notícia. O que as matérias não dizem é que, durante o ano todo, pessoas pegam onda e jacaré (no sentido figurado, por favor!) naquelas águas e fazem aulas de surfe.

Para os banhistas menos aventureiros, não há nenhum pânico envolvido. É só procurar a parte da praia com mais gente e torres de salva-vidas, perto do complexo de restaurantes Time Square. Na viagem de 2015, passei praticamente dois dias inteiros na água e não houve nenhum incidente.

É difícil encontrar tubarões. Acho muito mais provável você avistar golfinhos pouco antes de o sol nascer e conferir o show das ondas que brilham à noite por causa dos plânctons.

Aliás, eu vi até um cavalo – que não era marinho – no meio das ondas. Juro que é verdade e eu estava sóbrio. Confira a prova no álbum abaixo.

Compras

No final da Da Gama Road (sim, referência ao navegador), há algumas lojas outlet de marcas de surfwear, como Quiksilver e Rip Curl. Caso se hospede no Island Vibe, retire seu cupom de desconto da Billabong na recepção. Você vai precisar, pois a achei meio cara.

Na mesma rua, há alguns mercados de redes conhecidas, como Checkers e Clicks.

Futebol

Na viagem de 2014, participei de uma pelada organizada pelo Island Vibe, o hostel onde sempre fico. O staff e alguns hóspedes jogaram contra um time formado por adolescentes locais.

Pergunte na recepção se rola uma partida assim durante sua estadia. Caso não aconteça, tenha calma: sempre há alguém batendo uma bolinha na areia da praia.

Correr

A longa faixa de areia é um bom lugar para manter os treinos durante as férias.

Esportes

A maioria das atividades em Jeffreys Bay é relacionada a esporte. Quem quiser pegar onda, pode alugar pranchas ou fazer aulas.

Também é possível fazer sandboarding, passeios à cavalo na praia, zipline em uma cachoeira. Tudo isso pode ser reservado na recepção do Island Vibe. Imagino que os outros hostels também façam isso.

Bungee Jump e Jeffreys Bay

O bungee jump é realizado na Bloukrans Bridge, localizada a cerca de 120 km de Jeffreys Bay.  Até dá pra ir na ponte e voltar, seja por conta própria ou com um tour organizado pelo seu hostel – o Island Vibe oferece isso.

Outra opção é deixar para fazer isso quando deixar a cidade. Nos roteiros mais apertados da Garden Route, é comum sair de J-Bay, pular no bungee e seguir viagem no sentido Cape Town.

Em 2014, passei alguns dias em Jeffreys Bay e fui com o Baz Bus para Storms River, que fica bem mais perto da ponte.

Veja mais detalhes no post sobre o bungee jump

Fotos para o Instagram

Um dos lugares mais icônicos de Jeffreys Bay é o container com uma grafite e os dizeres “We <3 J-Bay” (nós amamos J-Bay, em inglês). Pelo menos até a visita mais recente à cidade, ele ficava numa rua entre a praia e os outlets do final da Da Gama Road. A melhor referência era o galpão da Billabong, que aparece nas fotos abaixo. No entanto, ele foi destruído em um incêndio há alguns anos.

Onde comer em Jeffreys Bay

A Da Gama Road concentra vários restaurantes. No entanto, é no complexo Time Square e seus arredores que estão os lugares mais badalados. O destaque é o concorrido Kitchen Windows, que me recomendaram, mas ainda não tive a chance de conhecer.

Por ali, também há filiais de redes conhecidas, como o Ocean Basket, queridinho dos brasileiros e especializado em peixes e frutos do mar. Não sei se há outra unidade com uma vista melhor que a de J-Bay.

Já o meu favorito é o Catch of the Day, onde comi um dos melhores fish & chips da vida. Contei sobre meu almoço neste post sobre a viagem de 2014.

Outro lugar que conheci foi o Nina’s Real Food, no qual provei um bife sensacional.

Township

Outra possibilidade de programa é a visita a uma township – comunidade local, equivalente às favelas brasileiras. Fico meio receoso com esse tipo de tour. Não pela violência, mas por não ter me sentido nem um pouco confortável com minha experiência em Cape Town.

Achei constrangedor e desastroso o passeio incluído no tour do ônibus vermelho do City Sightseeing da Cidade do Cabo. O grupo entrava em várias casas, e o guia não estava nem aí para a privacidade dos moradores. Por isso, procure saber bem como são os township tours antes de realizá-los.

Como encaixar Jeffreys Bay no roteiro

Tecnicamente, a cidade não faz parte da Garden Route, mas é comum incluí-la nesta trip. Se o ritmo lento do local te interessa, recomendo ficar, no mínimo, por três dias. Deixe o roteiro em aberto, pois há um sério risco de querer estender o período por lá.

Na viagem de 2014, cheguei em Jeffreys Bay com o Baz Bus. Já no ano seguinte, voei de Joanesburgo para Port Elizabeth, retirei meu carro alugado no aeroporto e dirigi até J-Bay. O trajeto durou cerca de 1h.

Onde ficar em Jeffreys Bay

Conheço apenas o Island Vibe, onde fiquei hospedado nas duas passagens por J-Bay. Caso volte, seria minha primeira opção. Provavelmente, ficaria num quarto individual numa próxima vez. Acho que tô ficando velho para os dorms.

Na minha opinião, esse hostel agrada quem curte socializar em party hostels e também as pessoas que preferem sossego.

Também gosto da sua localização. Ele fica bem na praia. Lá, você ouve as ondas o dia inteiro. Isso até compensa um pouco a distância considerável para o “centrinho” e os mercados.

Serviço

HOSPEDAGEM

Island Vibe Backpackers (site) – Quartos coletivos a partir de 170 rand (em janeiro/2019); Endereço: 10 Dageraad Street.

COMPRAS

Billabong Factory Shop – Endereço: 2A Da Gama Road.

Quiksilver & Roxy Factory Shop – Endereço: 10 St. Croix Street.

RESTAURANTES

Catch of the Day – Peixes e frutos do mar; Endereço: 26 Diaz Road.

Ocean Basket – Peixes, frutos do mar e comida japonesa; Endereço: 33 Diaz Road (dentro do complexo Time Square).

Kitchen Windows – Menu variado; Endereço: 80 Ferreira Street, Main Beach

Nina’s Real Food – Menu variado, com pegada mais saudável; Endereço: Wavecrest Centre – 126 Da Gama Road.

COMO CHEGAR EM JEFFREYS BAY

Baz Bus, carro, ônibus convencionais (como Greyhound e Intercape). O aeroporto mais próximo é o de Port Elizabeth, localizado a cerca de 90 km de Jeffreys Bay (1h de viagem pela estrada N2).

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7 comentários

    • Acho que o Baz Bus sai mais caro, e você ainda fica dependendo de transfers pra visitar os lugares.
      Nas últimas viagens, preferi alugar um carro.

  1. Ola, estou pensando em uma viagem para a Africa do Sul e queria conhecer Jeffreys Bay e cape town e o melhor seria de carro. Mas tenho pouco tempo dirigindo no Brasil, já peguei estrada por aqui e foi tranquilo. Minha preocupação é sobre dirigir por la, pela esquerda. Você acha que isso seria um problema? Demora para se adaptar? E quanto a troca de marcha? Como foi para você a primeira experiencia de dirigindo por lá?
    Obrigada,

    • Na primeira vez, fiquei dando voltas ao redor de uma pracinha e logo peguei a prática. Nunca tive problemas e a adaptação foi rápida.

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